Protestos na Venezuela: a Defensoria Pública totalizou esta semana em 65 o número de mortes (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de junho de 2017 às 20h53.
Caracas - O deputado opositor José Manuel Olivares afirmou nesta sexta-feira que 15 mil pessoas ficaram feridas até hoje devido à onda de protestos que assola a Venezuela há 63 dias e que, além disso, deixou 63 mortos, segundo as contas do Ministério Público.
Em uma coletiva de imprensa, o parlamentar destacou que em Caracas, somente durante esta semana, os diferentes centros de assistência atenderam mil pessoas feridas provenientes de manifestações.
De acordo com Olivares, essas pessoas ficaram feridas "pelo único delito de sair para protestar", e assegurou que há um "padrão de repressão" por parte das forças de segurança encarregadas da ordem pública durante as manifestações.
A oposição venezuelana fez várias denúncias sobre a "repressão" e o suposto uso excessivo da força e de abusos contra os manifestantes por parte dos agentes policiais.
A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, criticou a atuação dos agentes policiais e, além disso, responsabilizou a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) pela morte de um jovem em um protesto antigovernamental.
O Ministério Público disse que pelo menos mil venezuelanos sofreram lesões durante os protestos, enquanto que a Defensoria Pública totalizou esta semana em 65 o número de mortes e em 1.119 o de feridos.