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Operários da Usina Hidrelétrica Santo Antônio paralisam trabalho

Funcionários reclamam de corte na jornada de trabalho e nas horas extras

Obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio: funcionários reclamam que não foram consultados sobre a mudança de horário  (ABr/Wikimedia Commons)

Obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio: funcionários reclamam que não foram consultados sobre a mudança de horário (ABr/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 17h29.

Brasília – Os operários da Usina Hidrelétrica Santo Antônio paralisaram o trabalho hoje para protestar contra a redução da jornada de trabalho e contra o corte de horas extras no final de semana. Eles alegam que as mudanças foram feitas sem consultar os funcionários. Um dos ônibus usado para o transporte dos operários foi incendiado, mas ninguém ficou ferido e não houve mais atos de violência.

De acordo com o advogado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia (Sticcero), Flávio Orlando, os protestos começaram hoje de manhã, quando cerca de 500 trabalhadores do turno da noite decidiram protestar contra a redução da jornada de trabalho. “Desde o começo da obra, eles entram as 17h30 e saem as 3h. Sem uma conversa prévia com o sindicato, esse horário mudou para 18h30, com desconto do salário”, explicou o advogado. Os outros funcionários do turno diurno ficaram com receio de voltar para o canteiro de obras e também não trabalharam hoje.

Outra alteração que foi alvo dos protestos é o corte de horas extras de trabalho no sábado e no domingo, o que indignou trabalhadores que já contavam com o dinheiro no final do mês. Eles reclamam que a empresa poderia ter comunicado a mudança e dado um prazo para que os operários se adaptassem.

De acordo com Flávio Orlando, o protesto acabou evidenciando outras insatisfações, como a promoção não remunerada de alguns trabalhadores. “Alguns chegaram aqui como pedreiros, e depois foram evoluindo para outras funções, mas não ganham mais por isso”.

O advogado também afirmou que alguns trabalhadores que não são de Rondônia reclamam por não terem passagens para visitar a família, uma vez que vieram por conta própria. Esses funcionários não foram contemplados pelo acordo coletivo que liberou o pagamento de passagem para quem foi recrutado em seus estados.

Uma reunião entre o sindicato e os representantes do consórcio deve ocorrer amanhã para discutir a pauta de reivindicações. Na próxima segunda-feira (31), os trabalhadores farão assembleia para avaliar a situação.

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