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Operação aérea humanitária no Iraque termina com sucesso

Vários aviões militares de carga lançaram água e comida para "cerca de 8 mil pessoas", de um total de 40 mil que estima-se que estão isoladas

Militantes do Estado Islâmico próximos da fronteira com a região curda do Iraque (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 06h41.

Washington - A primeira operação dos Estados Unidos para oferecer ajuda humanitária, principalmente água e alimentos, aos milhares de deslocados no norte do Iraque foi concluída com sucesso e os aviões deixaram, "sem perigo", o local da entrega, informaram nesta quinta-feira funcionários americanos.

Em uma conferência telefônica, as fontes, que pediram para não serem identificadas, detalharam que vários aviões militares de carga lançaram água e comida para "cerca de 8 mil pessoas", de um total de 40 mil que estima-se que estão isoladas nas proximidades do monte Sinjar, no curdistão iraquiano.

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Os aviões de transporte foram escoltados por dois caças F-18 e concluíram o lançamento da ajuda "durante 15 minutos, nos quais voaram em baixa altitude para facilitar a entrega".

Os funcionários afirmaram que a operação foi "bem-sucedida" e acrescentaram que as Forças Armadas americanas têm capacidade para fazer entregas "adicionais" nos próximos dias.

As fontes garantiram que o presidente dos EUA, Barack Obama, deu sinal verde para entregas "contínuas" sempre que for necessário.

Os refugiados são em sua maioria curdos yazidis e cristãos, que fugiram nos últimos dias da ofensiva jihadista e se encontram isolados em uma região montanhosa e desértica do norte do Iraque, com necessidade urgente de água, comida, abrigo e remédios.

Homens, mulheres e crianças têm pela frente um dilema trágico: descer das montanhas e ser massacrado pelos extremistas sunitas ou permanecer nelas e morrer de fome e sede.

Os funcionários americanos também detalharam que nenhuma posição dos jihadistas do Estado Islâmico (EI) foi bombardeada hoje, mas a Força Aérea dos EUA "está preparada para agir em qualquer momento".

O presidente Obama autorizou hoje o uso da força contra os jihadistas, "caso seja necessário", pois o avanço dos milicianos coloca em perigo instalações e pessoal dos EUA em Erbil, cidade que conta com assessores militares e diplomatas americanos.

Por enquanto, os funcionários descartaram uma evacuação do consulado americano em Erbil, apesar dos relatos que dão conta dos avanços da ofensiva dos milicianos do EI na região.

"Confiamos que o nosso consulado é seguro e que nossa gente continuará trabalhando. Vamos garantir que EI não consiga se aproximar de Erbil", afirmaram os funcionários americanos.

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