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Opep deve impedir queda acentuada do petróleo

Ano começou com corte de 8% na cotação do barril, mas cartel dá sinais de que barrará novos recuos

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O barril do petróleo começou 2007 perdendo cerca de 8% de seu valor, mas a perspectiva de uma rápida resposta dos produtores e uma série de fatores, como a instabilidade geopolítica, tendem a impedir que a cotação continue em queda nos próximos meses. "Não acredito que o ciclo de alta do petróleo terminou", afirma Victor Shum, um analista especializado em energia da consultoria Purvin & Gertz, ao jornal americano The Wall Street Journal.

"Se olharmos para os próximos seis meses, essa queda testará a determinação da Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo] de cortar a produção. Além disso, o dólar fraco encorajará também os membros do cartel a ser mais agressivos na política de suprimento", diz Shum.

Os contratos para entrega em fevereiro encerraram a última sexta-feira (5/1) com alta de 72 centavos de dólar por barril, ou 1,3%, para 56,31 dólares por barril. A valorização, porém, ainda está bem abaixo da perda de 7,8% registrada nos primeiros dias de janeiro.

De acordo com alguns analistas, se as estimativas continuarem apontando queda do preço, não está descartada uma nova reunião da Opep. Em meados de dezembro, o cartel decidiu cortar a produção diária em 500.000 barris, a partir de 1º de fevereiro de 2007. Para o mercado, o mais provável é que a cotação média do óleo cru oscile na faixa de 60 a 65 dólares por barril, neste primeiro semestre. Além da atuação da Opep para evitar a depreciação dos preços, fatores geopolíticos, como a instabilidade política no Iraque e na Nigéria e a crise em torno do programa nuclear iraniano, também ajudarão a pressionar as cotações.

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