Mundo

Opaq defende neutralidade de investigação do caso Skripal

A Opaq afirmou que seus laboratórios estão capacitados pra investigar o caso de envenenamento com agente neurotóxico do ex-espião russo

Caso Skripal: o ex-espião russo e sua filha foram envenenados em março na Inglaterra (Henry Nicholls/Reuters)

Caso Skripal: o ex-espião russo e sua filha foram envenenados em março na Inglaterra (Henry Nicholls/Reuters)

E

EFE

Publicado em 18 de abril de 2018 às 14h00.

Haia - A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) defendeu nesta quarta-feira a "integridade" de seus laboratórios e a "neutralidade" da investigação em torno do envenenamento do ex-agente Sergei Skripal e sua filha Yulia, perante as acusações russas de imparcialidade.

"Com relação às declarações públicas feitas por funcionários de Estados Partes individuais, podem ter segurança sobre a credibilidade e as integridade da nossa rede (de laboratórios)", disse o diretor da OPAQ, Ahmet Üzümcü.

O diretor acrescentou que os laboratórios externos com os quais a OPAQ trabalha são conscientes da "importância da confidencialidade nas regras técnicas" e que a organização "não responderá publicamente" às declarações críticas com o trabalho de sua equipe.

O diretor da organização lembrou que a equipe que se transferiu à cidade britânica de Salisbury para tomar amostras de sangue das vítimas do envenenamento "se limitava à assistência técnica" ao Reino Unido, mas "não era parte da investigação interna" que nosso país está fazendo no caso Skripal.

A OPAQ reage assim às vozes que desde a Rússia, como o seu ministro de Relações Exteriores, Serguey Lavrov, põem em dúvida a independência dos laboratórios que fizeram as análises e cujos resultados confirmaram a teoria britânica de origem russa do veneno utilizado no ataque contra Skripal e a sua filha.

A Rússia pediu desde o começo uma "investigação multilateral, aberta e imparcial" na qual tomem parte seus especialistas, uma questão que a OPAQ negou porque não quis envolver nenhuma das partes envolvidas no caso.

Esta organização celebra hoje uma reunião solicitada por Londres com representantes de todos os Estados partes para debater os resultados da investigação, ainda em andamento, do envenenamento de Skripal.

 

Acompanhe tudo sobre:EspionagemReino UnidoRússia

Mais de Mundo

Israel e Hezbollah estão a poucos dias de distância de um cessar-fogo, diz embaixador israelense

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, é eleito presidente do Uruguai

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai