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ONU responsabiliza Síria por ataque com gás sarin em abril

A entidade confirmou que o ataque químico, que matou 83 pessoas, foi realizado por aviões que só as forças sírias têm acesso

O ataque deixou mais de 80 mortos e 200 feridos (Ferhat Dervisoglu/Reuters)

O ataque deixou mais de 80 mortos e 200 feridos (Ferhat Dervisoglu/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 07h39.

Última atualização em 6 de setembro de 2017 às 08h42.

Genebra - As forças da Síria usaram armas químicas mais de duas dúzias de vezes durante a guerra civil do país, incluindo no ataque letal em Idlib que provocou uma retaliação dos Estados Unidos contra alvos do governo sírio, disseram investigadores de crimes de guerra da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira.

Nos indícios mais conclusivos obtidos até agora em investigações sobre ataques com armas químicas durante o conflito, a Comissão de Inquérito das Nações Unidas sobre a Síria disse que um avião de guerra do governo lançou gás sarin em Khan Sheikhoun, na província de Idlib, em abril, matando mais de 80 civis.

"Forças do governo mantiveram o padrão de usar armas químicas contra civis em áreas dominadas pela oposição. No incidente mais grave, a Força Aérea síria usou sarin em Khan Sheikhoun, Idlib, matando dezenas, a maioria das quais eram mulheres e crianças", disse o relatório, declarando ter se tratado de um crime de guerra.

Já se havia identificado que o ataque usou gás sarin, um agente nervoso inodoro. Mas essa conclusão, obtida por uma missão de averiguação da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), não informou quem o realizou.

No total, os investigadores da ONU disseram ter documentado 33 ataques com armas químicas até o momento.

Vinte e sete foram cometidos por forças do governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, incluindo sete entre 1º de março e 7 de julho. Os perpetradores de seis ataques anteriores ainda não foram identificados, informaram.

O governo Assad vem negando repetidamente o uso de armas químicas, e disse que seus ataques em Khan Sheikhoun atingiram um depósito de armas pertencente a forças rebeldes, uma afirmação refutada pelos investigadores da ONU.

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