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ONU quer investigar direitos humanos na Coreia do Norte

Presidente da comissão da ONU sobre os direitos humanos na Coreia do Norte pediu a Pyongyang acesso para os especialistas da organização ao país

Michael Kirby, presidente da comissão da ONU sobre os direitos humanos na Coreia do Norte: Pyongyang chamou os trabalhos de "provocadores" (Truth Lemm/AFP)

Michael Kirby, presidente da comissão da ONU sobre os direitos humanos na Coreia do Norte: Pyongyang chamou os trabalhos de "provocadores" (Truth Lemm/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 08h59.

Seul - O presidente da comissão da ONU sobre os direitos humanos na Coreia do Norte, o ex-juiz australiano Michael Kirby, pediu a Pyongyang acesso para os especialistas da organização ao país.

Durante cinco dias, a comissão da ONU, a primeira a investigar os direitos humanos no país, escutou os depoimentos de norte-coreanos que fugiram do país.

Pyongyang chamou os trabalhos de "provocadores" e "difamatórios".

Os testemunhos foram ouvidos em Seul, mas os enviados das Nações Unidas também pretendem ouvir depoimentos no Japão, Tailândia, Reino Unido e Estados Unidos.

A agência oficial norte-coreana KCNA chamou os depoimentos de "escória humana", manipulados pelas autoridades sul-coreanas. Os trabalhos da comissão poderão anular os progressos recentes obtidos nas relações entre Seul e Pyongyang, ameaçou a agência, que divulga a opinião do regime.

Pyongyang, que rejeita categoricamente todas as acusações de abuso dos direitos humanos, não reconhece a comissão e proíbe a entrada em seu território.

Kirby voltou a apelar por cooperação.

"Nós atuaremos com respeito, buscaremos os fatos, seguiremos um processo determinado e não teremos preconceitos", disse.

"A melhor maneira para a Coreia do Norte responder é com provas e permitindo uma inspeção aos locais onde os supostos abusos aconteceram", completou.

O relatório final será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos em março. Kirby espera que as Nações Unidas atuem de acordo com as recomendações da comissão.

Ele disse estar muito abalado com os depoimentos, mas destacou que os relatos não podem ser considerados, em todos os casos, provas de atos criminosos.

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