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ONU pede que Iraque estenda prazo fixado para fechar acampamento de Ashraf

Órgão também pediu garantias a seus ocupantes para que não sejam obrigados a retornar ao Irã

A gestão do acampamento esteve a cargo das tropas dos Estados Unidos desde a invasão do Iraque em março de 2003 até 2009, quando passou a ser responsabilidade das forças iraquianas (SXC.Hu)
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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 18h02.

Nações Unidas - O enviado especial da ONU no Iraque , o alemão Martin Kobler, pediu nesta terça-feira que o governo iraquiano estenda o prazo de 31 de dezembro que fixou para fechar o campo de refugiados iranianos de Ashraf e pediu garantias a seus ocupantes para que não sejam obrigados a retornar ao Irã.

'Não podemos chegar a uma solução para esse conflito com o tempo fixado pelo governo Iraquiano, por isso pedimos a extensão do prazo', afirmou Kobler à imprensa na saída de uma reunião com membros do Conselho de Segurança da ONU.

O enviado especial do secretário-geral, Ban Ki-moon, declarou que a Missão de Assistência da ONU para o Iraque (Unami) precisa de 'mais tempo e espaço para conseguir uma solução humanitária e pacífica' à situação dos 3.500 refugiados iranianos do acampamento de Ashraf.

'Ninguém deveria ser obrigado a voltar a seu país de origem, mas deveriam poder fazê-lo de maneira voluntária', acrescentou Kobler.

O diplomata alemão destacou que a extensão do prazo ajudaria a 'reduzir as tensões existentes' dentro do acampamento, mas também pediu a seus residentes que enfrentem o problema 'com a mente aberta' para considerar 'todas as soluções que há sobre a mesa'.

'Queremos conseguir um acordo com os moradores do acampamento de Ashraf, mas também peço a eles que evitem a violência e as provocações', comentou Kobler, ressaltando que o conflito é 'complexo, mas não insolúvel'.

'Iniciamos um caminho e, se todos os envolvidos atuarem com responsabilidade, será possível conseguir uma solução pacífica e duradoura que respeite tanto a segurança e o bem-estar dos residentes como o desejo do Iraque de exercer sua soberania', explicou.


O diplomata aproveitou sua primeira reunião com o Conselho de Segurança após sua nomeação em agosto para lembrar que 'a comunidade internacional também deve atuar e acolher em seus países os refugiados do acampamento de Ashraf'.

Nesse local, situado na província iraquiana de Diyala, na fronteira com o Irã, vivem há quase 20 anos 3.500 militantes da organização Mujahedin-e Khalq, considerada terrorista pelo governo iraniano, e que por isso temem por suas vidas se forem devolvidos ao país vizinho.

A gestão do acampamento esteve a cargo das tropas dos Estados Unidos desde a invasão do Iraque em março de 2003 até 2009, quando passou a ser responsabilidade das forças iraquianas.

Desde então, os opositores iranianos denunciaram em várias ocasiões agressões por parte das autoridades do Iraque.

No último dia 11 de abril, o governo iraquiano anunciou que tinha dado até o fim de ano para que os opositores iranianos pertencentes ao Mujahedin-e Khalq abandonassem o país.

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Nações Unidas - O enviado especial da ONU no Iraque , o alemão Martin Kobler, pediu nesta terça-feira que o governo iraquiano estenda o prazo de 31 de dezembro que fixou para fechar o campo de refugiados iranianos de Ashraf e pediu garantias a seus ocupantes para que não sejam obrigados a retornar ao Irã.

'Não podemos chegar a uma solução para esse conflito com o tempo fixado pelo governo Iraquiano, por isso pedimos a extensão do prazo', afirmou Kobler à imprensa na saída de uma reunião com membros do Conselho de Segurança da ONU.

O enviado especial do secretário-geral, Ban Ki-moon, declarou que a Missão de Assistência da ONU para o Iraque (Unami) precisa de 'mais tempo e espaço para conseguir uma solução humanitária e pacífica' à situação dos 3.500 refugiados iranianos do acampamento de Ashraf.

'Ninguém deveria ser obrigado a voltar a seu país de origem, mas deveriam poder fazê-lo de maneira voluntária', acrescentou Kobler.

O diplomata alemão destacou que a extensão do prazo ajudaria a 'reduzir as tensões existentes' dentro do acampamento, mas também pediu a seus residentes que enfrentem o problema 'com a mente aberta' para considerar 'todas as soluções que há sobre a mesa'.

'Queremos conseguir um acordo com os moradores do acampamento de Ashraf, mas também peço a eles que evitem a violência e as provocações', comentou Kobler, ressaltando que o conflito é 'complexo, mas não insolúvel'.

'Iniciamos um caminho e, se todos os envolvidos atuarem com responsabilidade, será possível conseguir uma solução pacífica e duradoura que respeite tanto a segurança e o bem-estar dos residentes como o desejo do Iraque de exercer sua soberania', explicou.


O diplomata aproveitou sua primeira reunião com o Conselho de Segurança após sua nomeação em agosto para lembrar que 'a comunidade internacional também deve atuar e acolher em seus países os refugiados do acampamento de Ashraf'.

Nesse local, situado na província iraquiana de Diyala, na fronteira com o Irã, vivem há quase 20 anos 3.500 militantes da organização Mujahedin-e Khalq, considerada terrorista pelo governo iraniano, e que por isso temem por suas vidas se forem devolvidos ao país vizinho.

A gestão do acampamento esteve a cargo das tropas dos Estados Unidos desde a invasão do Iraque em março de 2003 até 2009, quando passou a ser responsabilidade das forças iraquianas.

Desde então, os opositores iranianos denunciaram em várias ocasiões agressões por parte das autoridades do Iraque.

No último dia 11 de abril, o governo iraquiano anunciou que tinha dado até o fim de ano para que os opositores iranianos pertencentes ao Mujahedin-e Khalq abandonassem o país.

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