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ONU pede permissão ao Egito para enviar missão ao país

Alto Comissariado das Nações Unidas pretende criar grupo para acompanhar a situação no país após golpe contra Mohamed Mursi


	Helicópteros do Exército com bandeiras egípcias sobrevoam Cairo, no Egito: alta comissária da ONU se reuniu com o embaixador do Egito em Genebra para pedir criação dessa missão
 (Suhaib Salem/Reuters)

Helicópteros do Exército com bandeiras egípcias sobrevoam Cairo, no Egito: alta comissária da ONU se reuniu com o embaixador do Egito em Genebra para pedir criação dessa missão (Suhaib Salem/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2013 às 10h54.

Genebra - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou nesta sexta-feira que pediu autorização ao Egito para enviar uma missão da ONU ao país após o golpe contra o presidente islamita Mohamed Mursi.

"A alta comissária, Navi Pillay, informou às autoridades egípcias no dia 10 de julho que gostaria de criar um grupo para acompanhar a situação no país de forma imediata, assim que for concedida a autorização", disse em entrevista coletiva o porta-voz do Alto Comissariado, Rupert Colville.

Colville acrescentou que esse grupo pode ser formado por entre 3 e 4 pessoas, mas que ainda não foi divulgado quem serão essas pessoas, já que ainda falta receber a permissão.

Navi teve uma reunião com o embaixador do Egito em Genebra no dia 10 de julho para solicitar mais informações e pedir a criação dessa missão.

"A Alta comissária pediu, em primeiro lugar, uma lista com os nomes de pessoas que receberam ordens de prisão relacionadas com os eventos de 3 de julho (dia do golpe militar), quantas dessas pessoas estão presas e informações sobre a base jurídica para tais ordens", explicou Colville.

A Alta comissária pediu um esclarecimento pela prisão do presidente Mursi e de sua equipe de governo, que ainda continuam presos.

Navi também exigiu detalhes sobre a composição da equipe criada pelo governo interino egípcio para investigar o massacre de 50 islamitas no último dia 8 de julho.

"Os pedidos foram transmitidas por escrito para o atual governo egípcio dois dias depois, na sexta-feira 12 de julho, mas ainda não recebemos nenhuma resposta", esclareceu Colville

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