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ONU pede para "deixar de lado a política" e facilitar ajuda à Síria após terremoto

O terremoto aumentou o desafio enfrentado pelas organizações humanitárias para prestar suporte à população síria, em particular na zona rebelde de Idlib (noroeste)

Terremoto: sírios improvisam um acampamento para acolher famílias desabrigadas (AFP/AFP Photo)

Terremoto: sírios improvisam um acampamento para acolher famílias desabrigadas (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 16h32.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2023 às 16h40.

Um alto funcionário das Nações Unidas instou nesta quarta-feira, 8, o governo sírio a facilitar a entrega de ajuda humanitária às áreas sob controle rebelde no noroeste do país, devastadas pelo abalo sísmico de segunda-feira.

“Deixem de lado a política e permitam que realizemos nossa tarefa humanitária”, disse em entrevista à AFP El-Mostafa Benlamlih, coordenador das Nações Unidas na Síria.

“Não podemos permitir o luxo de esperar e negociar”, insistiu. “Exigimos livre acesso, precisamos de todo apoio” para ajudar a população do noroeste da Síria, acrescentou Benlamlih.

“Precisamos do apoio de todas as partes interessadas para facilitar o acesso, seja ao noroeste ou no resto da Síria", afirmou.

O terremoto aumentou o desafio enfrentado pelas organizações humanitárias para prestar suporte à população síria, em particular na zona rebelde de Idlib (noroeste).

Quase toda a ajuda humanitária destinada às zonas rebeldes é levada da Turquia pela passagem de Bab al-Hawa, que foi afetada pelo terremoto, segundo a ONU.

Transportar a ajuda a partir do território sírio controlado por Damasco é difícil diplomaticamente.

Isso também pressupõe que o regime autorize a entrega de suprimentos à população da zona rebelde e que os beligerantes cheguem a acordos para sua distribuição.

A Síria tem sido devastada por uma guerra civil desde 2011, que matou meio milhão de pessoas e deslocou milhões.

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