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ONU pede manutenção da ordem constitucional no Mali

Dezenas de militares tomaram nesta quarta-feira a sede da televisão e da rádio de Mali e as principais ruas da capital

O principal órgão de decisão da ONU decidiu solicitar um relatório a respeito para o Departamento de Assuntos Políticos das Nações Unidas (Mario Tama/Getty Images)

O principal órgão de decisão da ONU decidiu solicitar um relatório a respeito para o Departamento de Assuntos Políticos das Nações Unidas (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2012 às 21h31.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU manteve nesta quarta-feira consultas a portas fechadas sobre a grave situação política que atinge o Mali e pediu calma a manutenção da ordem constitucional no país, depois que um grupo de militares assumiu o controle de vários pontos estratégicos da capital, Bamaco.

'Os membros do Conselho de Segurança expressaram sua preocupação sobre as informações relativas aos distúrbios militares no Mali e pedem calma a todas as partes e respeito à ordem constitucional', disse à imprensa o presidente rotativo do Conselho, o embaixador do Reino Unido na ONU, Mark Lyall Grant.

O diplomata britânico indicou que o principal órgão de decisão da ONU manteve consultas sobre os últimos eventos no país africano e decidiu solicitar um relatório a respeito para o Departamento de Assuntos Políticos das Nações Unidas, documento que será publicado nesta quinta-feira.

Os membros do Conselho pretendem assim esperar a postura dos responsáveis desse departamento da ONU para conhecer com mais detalhes a situação em Bamaco e analisar a possibilidade de se pronunciar de alguma outra maneira.

Dezenas de militares tomaram nesta quarta-feira a sede da televisão e da rádio de Mali e as principais ruas da capital, após se negarem a ser mobilizados para combater contra os separatistas tuaregues que se levantaram em armas no norte do país em janeiro passado.

Os amotinados, procedentes do quartel de Kati, situado a 15 quilômetros de Bamaco, entraram na capital atirando para o ar e divulgando mensagens à população para que retornasse a suas casas.

O motivo do caos teria sido a visita do ministro da Defesa, Sadio Gassama, ao quartel para falar aos recrutas sobre o conflito com o Movimento Nacional de Libertação do Azawad (MNLA), que reivindicam a autodeterminação do norte. 

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