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ONU obtém acesso aos rohingyas em Mianmar

A ONU vai avaliar a situação do local onde os abusos contra a minoria islâmica começou, o que causou pelo menos 700 mil fugas desde agosto de 2017

O representante da ONu afirmou que a repatriação dos refugiados rohingyas deve demorar (/Michelle Nichols/Reuters)

O representante da ONu afirmou que a repatriação dos refugiados rohingyas deve demorar (/Michelle Nichols/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de junho de 2018 às 15h58.

A ONU anunciou nesta quarta-feira (6) que assinou um acordo com Mianmar para ter acesso às regiões de onde são naturais os refugiados pertencentes à minoria rohingya, alvo de operações do Exército birmanês.

As agências das Nações Unidas vão começar avaliando a situação no estado de Rakine, região do oeste onde os abusos contra essa minoria começaram, levando pelo menos 700.000 de seus membros a fugirem de Mianmar a partir de agosto de 2017.

"O trabalho até agora foi para abrir a porta", explicou à AFP o coordenador humanitário da ONU naquele país, Knut Ostby.

O documento assinado nesta quarta-feira com as autoridades birmanesas é um acordo que levou meses para ser preparado e não inclui detalhes específicos, ressaltou.

Giuseppe De Vincentiis, representante em Mianmar da Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), afirmou que a primeira fase, a da avaliação da situação, será concluída nos próximos meses.

Mas, acrescentou, será necessário esperar bastante tempo antes de uma repatriação em massa dos refugiados rohingyas.

Após a visita a Mianmar no início de maio de uma delegação do Conselho de Segurança da ONU, este último observou que as autoridades desse país concordaram em investigar as acusações de atrocidades cometidas contra os rohingyas.

Um acordo para o repatriamento dos membros desta comunidade que fugiram para Bangladesh foi alcançado no final do ano passado entre os dois países. A questão do retorno dos refugiados é seguida de perto pela comunidade internacional.

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