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ONU não atinge meta de distribuição de alimentos na Síria

"A escala da resposta humanitária necessária para o inverno iminente é sem precedentes", disse a entidade em comunicado


	Crianças na província síria de Homs: o Programa Mundial de Alimentos diz ter alcançado oito comunidades em novembro que estiveram sem auxílio por meses
 (Ho/AFP)

Crianças na província síria de Homs: o Programa Mundial de Alimentos diz ter alcançado oito comunidades em novembro que estiveram sem auxílio por meses (Ho/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 11h43.

Genebra - A Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta terça-feira ter entregado alimentos para 3,4 milhões de pessoas na Síria em novembro, mas novamente não cumpriu a meta mensal de 4 milhões com o intenso conflito impedindo o acesso a pessoas com fome em áreas sob disputa.

Com a chegada do inverno, o número de crianças na Síria consideradas vulneráveis e com necessidade de assistência praticamente quadruplicou em um ano para 4,3 milhões, disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"A escala da resposta humanitária necessária para o inverno iminente é sem precedentes", disse a entidade em comunicado.

A chefe de ajuda humanitária da ONU, Valerie Amos, deve fazer um relato ainda na terça-feira ao Conselho de Segurança sobre a situação humanitária da Síria, em meio a profundas preocupações sobre a falta de acesso a civis sitiados.

Um documento da ONU obtido pela Reuters na semana passada afirma que cerca de 250 mil pessoas se encontram além do alcance dos comboios de ajuda da organização, em áreas sitiadas por forças do governo sírio e rebeldes.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) diz ter alcançado oito comunidades em novembro que estiveram sem auxílio por meses, sobretudo em áreas rurais de Homs e Deraa, mas que continua seriamente preocupada sobre muitas outras.

O PMA informou que algumas áreas em Damasco e na província mais a nordeste de Hassaken, cenários de intenso combate, não recebem comida há seis meses. Moradores relatam grave falta de alimentos em partes de áreas rurais de Damasco e Homs, e dizem que pessoas estão morrendo por falta de assistência médica.

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