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ONU liberta 67 reféns na República Centro-Africana

Todos foram libertados depois da ação militar dos mantenedores da paz

Membros da ONU patrulham República Centro-Africana: cerca de 200.000 pessoas fugiram do país (Issouf Sanogo/AFP)

Membros da ONU patrulham República Centro-Africana: cerca de 200.000 pessoas fugiram do país (Issouf Sanogo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 18h44.

Bangui - As tropas mantenedoras de paz da Organização das Nações Unidas na República Centro-Africana libertaram 67 reféns sequestrados por milícias, confirmou a porta-voz da missão Minusca nesta quarta-feira.

Quatro mulheres foram sequestradas na capital, Bangui, enquanto o restante foi levado de várias partes no interior do país, disse a porta-voz Myriam Dessables a repórteres em entrevista coletiva.

Todos foram libertados depois da ação militar dos mantenedores da paz.

A libertação representa uma notícia positiva para os civis e a missão da ONU em um país mergulhado no caos quando rebeldes seleka, de maioria muçulmana, tomaram o poder em um país de maioria cristã em março de 2013, derrubando o presidente François Bozizé.

O governo do grupo seleka ficou marcado por abusos que gerou reação da milícia de maioria cristã e anti-Balaka. O líder seleka, Michel Djotodia, cedeu à pressão internacional e foi para o exílio em janeiro.

"No centro do país, no dia 21 de outubro, cerca de 60 pessoas foram sequestradas pelos ex-selekas. A forte intervenção de um batalhão da República Democrática do Congo permitiu que os reféns fossem libertados", disse.

Os sequestros aconteceram em meio a uma onda de violência na capital no início deste mês, na qual a ONU disse que pelo menos 13 pessoas morreram.

Dessables disse que um batalhão de Ruanda descobriu na tarde de terça-feira que civis tinham sido sequestrados e estavam sendo mantidos em cativeiro no bairro de Kina, na capital. Eles foram capazes de conseguir a libertação de todas as quatro mulheres.

Os reféns disseram que foram detidos por dias pelas milícias anti-Balaka que os acusou de serem traídores por terem vendido produtos no mercado no bairro de maioria muçulmana KM-5, segundo a Dessables.

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