ONU: expulsão de 2 representantes do Sudão é inaceitável
O secretário geral da organização, Ban Ki-moon, pediu ao governo do país africano que reverta sua decisão "imediatamente"
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 05h53.
Nações Unidas - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, taxou nesta quinta-feira de "inaceitável" a expulsão do Sudão de dois altos representantes da organização e pediu ao governo do país africano que reverta sua decisão "imediatamente".
Segundo se soube em Cartum, a capital do Sudão, o governo do país africano expulsou hoje o coordenador de Assuntos Humanitários da ONU no país, Ali al Zaatari, de nacionalidade jordaniana, sem que oferecesse explicações oficiais sobre os motivos dessa decisão.
Além disso, o Sudão anunciou anteriormente a expulsão da diretora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a holandesa Yvonne Healy, e as razões dessa decisão também são desconhecidas.
Em comunicado divulgado na noite de hoje, Ban condenou a decisão de expulsar os dois representantes da ONU nesse país, que cumpriam com seu papel de acordo com a Carta das Nações Unidas, e disse que tais medidas "são inaceitáveis".
Ban "exige que o governo do Sudão reverta sua decisão imediatamente" e pede que as autoridades de Cartum "cooperem plenamente com todas as instituições das Nações Unidas" no país.
Segundo foi informado em Cartum, a ordem de expulsão de Zaatari acontece semanas depois que algumas declarações suas foram divulgadas por um jornal norueguês nas quais supostamente dizia que o Sudão vive uma crise humanitária e econômica, e que a sociedade depende atualmente de ajuda externa.
Esses comentários foram descritos pelos meios de comunicação sudaneses como "ofensivos para com o presidente do Sudão, Omar Hassan Ahmad al Bashir", e abriram uma crise entre as autoridades do país e Zaatari.
Em comunicado, o coordenador desmentiu essas declarações e disse que ocorreram "erros na tradução do inglês para o norueguês". Além disso, acrescentou que era "inconcebível que ele insultasse o Sudão".
O governo sudanês pediu no mês passado que a ONU fechasse o escritório da missão de paz conjunta da União Africana e das Nações Unidas (Unamid) no país no meio de uma polêmica pela investigação de violência sexual contra 200 mulheres, supostamente cometida pelas forças governamentais e denunciada pela imprensa local.
Em abril deste ano, as autoridades expulsaram o responsável do Fundo de População da ONU (UNFPA) no Sudão depois que ele foi acusado de interferir nos assuntos internos do país.
Atualmente, 21 organizações humanitárias da ONU trabalham no Sudão, junto com outras 104 estrangeiras, a maioria delas em zonas de conflito nos estados de Cordofão do Sul e Nilo Azul e na região de Darfur.
Nações Unidas - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, taxou nesta quinta-feira de "inaceitável" a expulsão do Sudão de dois altos representantes da organização e pediu ao governo do país africano que reverta sua decisão "imediatamente".
Segundo se soube em Cartum, a capital do Sudão, o governo do país africano expulsou hoje o coordenador de Assuntos Humanitários da ONU no país, Ali al Zaatari, de nacionalidade jordaniana, sem que oferecesse explicações oficiais sobre os motivos dessa decisão.
Além disso, o Sudão anunciou anteriormente a expulsão da diretora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a holandesa Yvonne Healy, e as razões dessa decisão também são desconhecidas.
Em comunicado divulgado na noite de hoje, Ban condenou a decisão de expulsar os dois representantes da ONU nesse país, que cumpriam com seu papel de acordo com a Carta das Nações Unidas, e disse que tais medidas "são inaceitáveis".
Ban "exige que o governo do Sudão reverta sua decisão imediatamente" e pede que as autoridades de Cartum "cooperem plenamente com todas as instituições das Nações Unidas" no país.
Segundo foi informado em Cartum, a ordem de expulsão de Zaatari acontece semanas depois que algumas declarações suas foram divulgadas por um jornal norueguês nas quais supostamente dizia que o Sudão vive uma crise humanitária e econômica, e que a sociedade depende atualmente de ajuda externa.
Esses comentários foram descritos pelos meios de comunicação sudaneses como "ofensivos para com o presidente do Sudão, Omar Hassan Ahmad al Bashir", e abriram uma crise entre as autoridades do país e Zaatari.
Em comunicado, o coordenador desmentiu essas declarações e disse que ocorreram "erros na tradução do inglês para o norueguês". Além disso, acrescentou que era "inconcebível que ele insultasse o Sudão".
O governo sudanês pediu no mês passado que a ONU fechasse o escritório da missão de paz conjunta da União Africana e das Nações Unidas (Unamid) no país no meio de uma polêmica pela investigação de violência sexual contra 200 mulheres, supostamente cometida pelas forças governamentais e denunciada pela imprensa local.
Em abril deste ano, as autoridades expulsaram o responsável do Fundo de População da ONU (UNFPA) no Sudão depois que ele foi acusado de interferir nos assuntos internos do país.
Atualmente, 21 organizações humanitárias da ONU trabalham no Sudão, junto com outras 104 estrangeiras, a maioria delas em zonas de conflito nos estados de Cordofão do Sul e Nilo Azul e na região de Darfur.