Após atentados: a secretária-geral da UNFCC afirmou que está em contato com o governo da França (Philippe Wojazer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2015 às 13h46.
Berlim - A secretária-geral da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC), Christiana Figueres, afirmou nesta quarta-feira que a segurança de alguns eventos da Cúpula do Clima de Paris estão sendo revisadas pelos recentes atentados ocorridos na capital francesa.
Em entrevista coletiva em Boon, no oeste da Alemanha, Figueres afirmou que os atos oficiais do encontro serão realizados como o planejado.
Os eventos em ar livre, porém, devem acontecer em um contexto de segurança reforçada.
"Se os atos externos ocorrerão como estava planejado ou de outra forma, com uma maior segurança, é algo que está sendo estudado", explicou Figueres.
A secretária-geral da UNFCC afirmou que está em contato com o governo da França, encarregado da organização, para avaliar a situação de segurança e tomar decisões.
Ela explicou que espera uma grande participação de líderes mundiais na Cúpula do Clima de Paris, onde um acordo internacional vinculativo deve ser firmado para tentar resolver o problema do aquecimento global.
Com relação ao avanço dos preparativos, Figueres elogiou o fato de 168 Planos de Ação Nacional contra a mudança climática já terem sido apresentados, compromissos voluntários dos países quanto à redução de gases poluentes.
Esses anúncios representam "uma enorme redução" em relação às emissões mundiais previstas para 2100 se não forem tomadas medidas para resolver o problema da mudança climática.
Agora, a meta de manter o aquecimento global abaixo dos dois graus centígrados de aumento na comparação dos os valores pré-industriais - o limite tolerável, segundo analistas - é possível com esses planos, apesar de "mais esforços" ainda serem necessários.
"Manter a elevação abaixo dos dois graus é muito possível se os planos anunciados forem implementados completamente", afirmou Figueres.
A secretária-geral da UNFCC, porém, defendeu metas mais ambiciosas e que os países limitem a alta em 1,5 graus, a fronteira que alguns países consideram "o máximo tolerável".