ONU emite alerta de emergência sanitária na Síria
''Já não estão disponíveis no país remédios indispensáveis para se salvar vidas'', disse Valerie Amos
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2012 às 18h59.
Nações Unidas - A subsecretária geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, alertou nesta quarta-feira que a Síria enfrenta uma situação de emergência sanitária diante da falta de remédios devido à impossibilidade de se fabricá-los no país por causa da escalada da violência.
''Já não estão disponíveis no país remédios indispensáveis para se salvar vidas'', disse Valerie à imprensa na sede central da ONU, onde falou da sua recente visita ao país árabe onde viu ''o grande impacto sobre a saúde'' que tem o conflito entre o regime de Bashar al Assad e os rebeldes.
A chefe humanitária da ONU explicou que a Síria produz a maioria de seus remédios em laboratórios na cidade de Aleppo e em outros lugares duramente afetados pelo conflito, o que deixa os doentes e feridos sem medicamentos ''de crucial importância''.
Valerie fez um panorama sombrio sobre a situação humanitária devido a um conflito ''brutal e violento'', que piorou notavelmente desde sua visita anterior em março deste ano, onde há ''necessidades cada vez mais urgentes'' para fornecer ''cuidados sanitários, abrigo, alimentos, água e saneamento'' a centenas de milhares de pessoas.
Além disso, garantiu que em suas conversas com o governo sírio, o regime contabilizou que 1,2 milhões de pessoas foram deslocadas de seus lares por conta do conflito e que estão vivendo temporariamente em edifícios públicos, enquanto há ''muito mais pessoas'' hospedadas nas casas de ''parentes e amigos''.
Calcula-se que neste momento existam 2,5 milhões de sírios com necessidade de ajuda humanitária, apesar dos esforços realizados pelas agências da ONU e do Crescente Vermelho.
''Necessitam de ajuda humanitária urgente'', ressaltou mais uma vez a subsecretária, para quem ''uma das maiores preocupações'' é a falta de remédios, seguida do impacto do conflito sobre a escolarização das crianças sírias, já que muitos desabrigados ocuparam os prédios das escolas.
Segundo Valerie, ''milhares de crianças'' terão suas aulas interrompidas em setembro ''a não ser que se encontre outras soluções para abrigar os deslocados internos no país''.
A subsecretária comentou que a entrada da ajuda humanitária no país continua sendo ''complicada'', devido ''aos intensos combates'', mas lançou uma nova chamada à comunidade internacional para conseguir mais fundos: ''Se tivéssemos mais recursos, poderíamos ajudar mais pessoas''.
A especialista em questões humanitárias garantiu mais uma vez que ''ambas as partes'' do conflito cometeram ''violações dos direitos humanos'' e pediu que ''cumpram a declaração internacional dos direitos humanos, que determina normas claras para a proteção dos civis''.
Perguntada sobre a possibilidade da criação de corredores humanitários na Síria, Valerie destacou não ser muito provável, devido à ''falta de apetite'' do Conselho de Segurança, que deveria autorizar sua instauração assim como sua defesa por meios militares.
A subsecretária geral da ONU para Assuntos Humanitários realizou na semana passada uma visita de três dias à Síria e ao Líbano e se reuniu com os representantes dos governos de Damasco e de Beirute.
Nações Unidas - A subsecretária geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, alertou nesta quarta-feira que a Síria enfrenta uma situação de emergência sanitária diante da falta de remédios devido à impossibilidade de se fabricá-los no país por causa da escalada da violência.
''Já não estão disponíveis no país remédios indispensáveis para se salvar vidas'', disse Valerie à imprensa na sede central da ONU, onde falou da sua recente visita ao país árabe onde viu ''o grande impacto sobre a saúde'' que tem o conflito entre o regime de Bashar al Assad e os rebeldes.
A chefe humanitária da ONU explicou que a Síria produz a maioria de seus remédios em laboratórios na cidade de Aleppo e em outros lugares duramente afetados pelo conflito, o que deixa os doentes e feridos sem medicamentos ''de crucial importância''.
Valerie fez um panorama sombrio sobre a situação humanitária devido a um conflito ''brutal e violento'', que piorou notavelmente desde sua visita anterior em março deste ano, onde há ''necessidades cada vez mais urgentes'' para fornecer ''cuidados sanitários, abrigo, alimentos, água e saneamento'' a centenas de milhares de pessoas.
Além disso, garantiu que em suas conversas com o governo sírio, o regime contabilizou que 1,2 milhões de pessoas foram deslocadas de seus lares por conta do conflito e que estão vivendo temporariamente em edifícios públicos, enquanto há ''muito mais pessoas'' hospedadas nas casas de ''parentes e amigos''.
Calcula-se que neste momento existam 2,5 milhões de sírios com necessidade de ajuda humanitária, apesar dos esforços realizados pelas agências da ONU e do Crescente Vermelho.
''Necessitam de ajuda humanitária urgente'', ressaltou mais uma vez a subsecretária, para quem ''uma das maiores preocupações'' é a falta de remédios, seguida do impacto do conflito sobre a escolarização das crianças sírias, já que muitos desabrigados ocuparam os prédios das escolas.
Segundo Valerie, ''milhares de crianças'' terão suas aulas interrompidas em setembro ''a não ser que se encontre outras soluções para abrigar os deslocados internos no país''.
A subsecretária comentou que a entrada da ajuda humanitária no país continua sendo ''complicada'', devido ''aos intensos combates'', mas lançou uma nova chamada à comunidade internacional para conseguir mais fundos: ''Se tivéssemos mais recursos, poderíamos ajudar mais pessoas''.
A especialista em questões humanitárias garantiu mais uma vez que ''ambas as partes'' do conflito cometeram ''violações dos direitos humanos'' e pediu que ''cumpram a declaração internacional dos direitos humanos, que determina normas claras para a proteção dos civis''.
Perguntada sobre a possibilidade da criação de corredores humanitários na Síria, Valerie destacou não ser muito provável, devido à ''falta de apetite'' do Conselho de Segurança, que deveria autorizar sua instauração assim como sua defesa por meios militares.
A subsecretária geral da ONU para Assuntos Humanitários realizou na semana passada uma visita de três dias à Síria e ao Líbano e se reuniu com os representantes dos governos de Damasco e de Beirute.