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ONU em Mianmar: esperança para os Rohingya?

ÀS SETE - Durante o final de semana, refugiados Rohingya fizeram apelos aos membros do conselho para que os ajudem a retornar a seus lares em Mianmar

Rohingyas  (Hannah McKay/Reuters)

Rohingyas (Hannah McKay/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2018 às 06h32.

Última atualização em 30 de abril de 2018 às 07h47.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) está em visita a Bangladesh e Mianmar para tratar da questão dos Rohingyas, uma minoria muçulmana perseguida em Mianmar pelas forças armadas e que já são mais de 700.000 refugiados em Bangladesh. Nesta segunda-feira, membros do conselho se reúnem com o primeiro ministro de Bangladesh, Sheikh Hasina, na capital Daca, antes de irem à capital de Mianmar, Naypyidaw, onde se encontram com a líder do país, Aung San Suu Kyi, além de outros membros do governo e das forças militares.

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Durante o final de semana, refugiados Rohingya fizeram apelos aos membros do conselho, no campo de Kutup Along, em Bangladesh, para que os ajudem a retornar a seus lares em Mianmar. Eles também pediram por justiça por sua perseguição, que inclui execuções, estupros e incêndios a vilarejos. Segundo o exército de Mianmar, os ataques são uma reação a insurgentes Rohingya. Os oficiais da ONU devem expressar, em reuniões com os líderes locais, preocupação com a temporada de chuva de monções que se aproxima da região — algo que deve piorar ainda mais a crise humanitária dos Rohingya. Os refugiados também entregaram uma lista de demandas, que incluem a restituição de suas terras e o reconhecimento dos Rohingya como cidadãos de Mianmar.

Na terça-feira, os membros do Conselho irão ao estado de Rakhine, onde viviam originalmente os refugiados, para saber quais são as condições locais e se há possibilidade de retorno. Até então, a ONU não havia recebido permissão oficial para ir a Rakhine, o que fragilizou as relações da organização com Mianmar e Suu Kyi, que já recebeu o Prêmio Nobel da Paz, por sua luta pela democracia na região. Apesar disso, antes da chegada de agentes da ONU, membros do gabinete de Suu Kyi enfatizaram publicamente que o governo quer “um novo relacionamento” com a organização. As conversas desta semana vão mostrar até onde vai essa vontade.

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