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ONU discute resposta mais firme a leilões de escravos na Líbia

A França solicitou uma reunião de emergência do Conselho para terça-feira, uma semana após um importante órgão da ONU debater o tráfico de humanos

Líbia: "Precisamos avançar mais no sentido de dizer 'não' a essa situação inaceitável" (foto/Getty Images)

Líbia: "Precisamos avançar mais no sentido de dizer 'não' a essa situação inaceitável" (foto/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 19h09.

O Conselho de Segurança da ONU deve tomar medidas mais forte, possivelmente incluindo sanções, a fim de parar os leilões de escravos na Líbia, disse o embaixador francês nesta segunda-feira (27).

A França solicitou uma reunião de emergência do Conselho para terça-feira, uma semana após um importante órgão da ONU debater o tráfico de seres humanos, que abordou o abuso de migrantes na Líbia.

"Precisamos avançar mais no sentido de dizer 'não' a essa situação inaceitável", disse aos repórteres o embaixador francês, François Delattre.

Questionado se era possível haver sanções, Delattre disse: "estamos trabalhando em medidas possíveis para lutar contra este flagelo. Não excluímos nada".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na semana passada que estava horrorizado com as imagens divulgadas pela CNN mostrando um aparente leilão de migrantes africanos para trabalhar como agricultores.

Os homens eram vendidos por 400 dólares.

Abusos

Guterres assinalou que leilões de escravos estão "entre os abusos mais flagrantes dos direitos humanos e podem representar crimes contra a humanidade".

Líderes africanos expressaram sua indignação com as imagens e pediram uma investigação. Funcionários líbios declararam que vão averiguar o caso.

Os leilões de escravos relatados levantaram dúvidas sobre se os acordos de migração da União Europeia (UE) elaborados para conter as travessias no Mediterrâneo estariam transformando os traficantes de seres humanos em traficantes de escravos, já que um número crescente de migrantes está preso na Líbia.

A Líbia se tornou um enorme centro de trânsito para os africanos subsarianos que iam para a Europa após a queda do ditador Muammar Kadhafi em 2011.

O tema da migração dominará uma cúpula da UE com a União Africana na Costa do Marfim esta semana. Guterres estará presente.

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