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ONU: direitos humanos exigem cessar-fogo imediato na Síria

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a repressão aos protestos pelo regime de Bashar al-Assad deixou mais de 7.600 mortos em 11 meses

Em 13 de fevereiro, Navi Pillay já havia denunciado a situação na Síria na Assembleia Geral da ONU em Nova York
 (Fabrice Coffrini/AFP)

Em 13 de fevereiro, Navi Pillay já havia denunciado a situação na Síria na Assembleia Geral da ONU em Nova York (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 10h52.

Genebra - A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, exigiu nesta terça-feira no Conselho dos Direitos Humanos da ONU um "cessar-fogo humanitário imediato" na Síria para acabar com a violência e permitir a ajuda à população.

"Tem que acontecer um cessar-fogo humanitário imediato para acabar com os combates e os bombardeios", declarou Navi Pillay durante um debate urgente sobre a Síria com os 47 Estados membros do Conselho.

"Apesar das dificuldades de determinar com precisão o número de vítimas, no dia 15 de fevereiro de 2012 o governo nos entregou os próprios números de 2.493 civis e 1.345 soldados e policiais mortos entre 15 de março de 2011 e 18 de janeiro de 2012", completou.

A comissária completou, no entanto, que segundo as informações que recebeu, "o número efetivo de vítimas pode superar estas cifras".

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), a repressão aos protestos pelo regime de Bashar al-Assad deixou mais de 7.600 mortos em 11 meses.

Em 13 de fevereiro, Navi Pillay já havia denunciado a situação na Síria na Assembleia Geral da ONU em Nova York.

"Desde então, meu escritório recebeu informações inquietantes sobre uma rápida deterioração dos direitos humanos e da situação humanitária", disse a alta comissária.

"Notícias recentes indicam ainda que o Exército sírio e as forças de segurança iniciaram grandes campanhas de detenções, com a prisão arbitrária de milhares de manifestantes".

O Conselho dos Direitos Humanos da ONU debate a crise humanitária na Síria a partir de um projeto de resolução - proposto por Turquia, Qatar, Kuwait e Arábia Saudita - que pede ao regime de Bashar al-Assad a autorização para um acesso "sem obstáculos" da ONU e das agências humanitárias para ajudar a população, em particular em Homs.

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