ONU denuncia violações de direitos na Costa do Marfim
Porta-voz destacou que estão ocorrendo saques, extorsões, detenções arbitrárias e maus tratos aos partidários de Laurent Gbagbo, que não sai da presidência
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2013 às 09h32.
Genebra - A ONU denunciou nesta sexta-feira "graves violações dos direitos humanos" por parte das Forças Republicanas que apoiam o presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, em sua luta armada pelo poder contra Laurent Gbagbo, que há quatro meses se nega a deixar a Presidência.
"Saques, extorsões e, mais graves, raptos, detenções arbitrárias e maus tratos aos adversários" são alguns dos atos que o porta-voz da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, imputou aos partidários de Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional como o líder do país africano.
"Trata-se de fatos suficientemente graves" para levá-los à luz pública, declarou o porta-voz Rupert Colville, que precisou que as denúncias provêm sobretudo da região oeste da Costa do Marfim.
"Pedimos às forças que apoiam Ouatttara que tomem precauções", acrescentou.
Colville pediu aos grupos armados, que atualmente protagonizam violentos combates em Abidjan e em outros pontos do país, que não busquem a revanche contra seus oponentes.
Questionado sobre a atitude dos seguidores de Gbagbo, o porta-voz disse que também foram reportados abusos dos direitos humanos por parte da outra corrente.
Entre as denúncias às que teve acesso o Escritório de Direitos Humanos da ONU, figuram dois casos de pessoas queimadas vivas por uma milícia próxima a Gbabgo, disse Colville à Agência Efe.
A Unicef informou que a insegurança a levou a suspender suas atividades na Costa do Marfim, incluindo uma campanha de vacinação.
"As necessidades são enormes em todo o país", disse uma porta-voz do organismo.
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) revelou que o fluxo de civis que fogem rumo a Gana aumenta rapidamente e que apenas nesta semana 1.300 cruzaram a fronteira, com o que o número total de refugiados chegou a cinco mil.
"Várias famílias de refugiados disseram que fugiram por temer a violência, enquanto outras foram testemunhas ou vítimas diretas de violência em suas comunidades. Uma menina de 11 anos narrou que foi raptada e violentada, e sua mãe a encontrou inconsciente em uma estrada nos arredores de Abidjan", disse o porta-voz Andrej Mahecic.
O Acnur lembrou que o número de refugiados marfinenses na Libéria também subiu consideravelmente e que até esta quinta-feira já era de 122 mil.
A Organização Internacional de Migrações (OIM) disse que a situação é "insustentável" para dezenas de milhares de pessoas que se deslocaram internamente na Costa do Marfim, das quais grande parte está há dois dias sem comer nada.
Cerca de 50 mil imigrantes de Mauritânia, Guiné, Senegal, Burkina Fasso e Mali pediram ajuda ao organismo para ser evacuados do país.
Genebra - A ONU denunciou nesta sexta-feira "graves violações dos direitos humanos" por parte das Forças Republicanas que apoiam o presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, em sua luta armada pelo poder contra Laurent Gbagbo, que há quatro meses se nega a deixar a Presidência.
"Saques, extorsões e, mais graves, raptos, detenções arbitrárias e maus tratos aos adversários" são alguns dos atos que o porta-voz da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, imputou aos partidários de Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional como o líder do país africano.
"Trata-se de fatos suficientemente graves" para levá-los à luz pública, declarou o porta-voz Rupert Colville, que precisou que as denúncias provêm sobretudo da região oeste da Costa do Marfim.
"Pedimos às forças que apoiam Ouatttara que tomem precauções", acrescentou.
Colville pediu aos grupos armados, que atualmente protagonizam violentos combates em Abidjan e em outros pontos do país, que não busquem a revanche contra seus oponentes.
Questionado sobre a atitude dos seguidores de Gbagbo, o porta-voz disse que também foram reportados abusos dos direitos humanos por parte da outra corrente.
Entre as denúncias às que teve acesso o Escritório de Direitos Humanos da ONU, figuram dois casos de pessoas queimadas vivas por uma milícia próxima a Gbabgo, disse Colville à Agência Efe.
A Unicef informou que a insegurança a levou a suspender suas atividades na Costa do Marfim, incluindo uma campanha de vacinação.
"As necessidades são enormes em todo o país", disse uma porta-voz do organismo.
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) revelou que o fluxo de civis que fogem rumo a Gana aumenta rapidamente e que apenas nesta semana 1.300 cruzaram a fronteira, com o que o número total de refugiados chegou a cinco mil.
"Várias famílias de refugiados disseram que fugiram por temer a violência, enquanto outras foram testemunhas ou vítimas diretas de violência em suas comunidades. Uma menina de 11 anos narrou que foi raptada e violentada, e sua mãe a encontrou inconsciente em uma estrada nos arredores de Abidjan", disse o porta-voz Andrej Mahecic.
O Acnur lembrou que o número de refugiados marfinenses na Libéria também subiu consideravelmente e que até esta quinta-feira já era de 122 mil.
A Organização Internacional de Migrações (OIM) disse que a situação é "insustentável" para dezenas de milhares de pessoas que se deslocaram internamente na Costa do Marfim, das quais grande parte está há dois dias sem comer nada.
Cerca de 50 mil imigrantes de Mauritânia, Guiné, Senegal, Burkina Fasso e Mali pediram ajuda ao organismo para ser evacuados do país.