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ONU culpa coalizão saudita por ataques contra civis no Iêmen

Alto comissário da ONU disse que que a campanha liderada pela Arábia Saudita no Iêmen parece ser responsável por uma "quantidade desproporcional" de ataques


	Explosão após ataque aéreo em Sanaa, capital do Iêmen: coalizão encabeçada pelos sauditas interveio na guerra civil do Iêmen em março
 (REUTERS/Mohamed al-Sayaghi)

Explosão após ataque aéreo em Sanaa, capital do Iêmen: coalizão encabeçada pelos sauditas interveio na guerra civil do Iêmen em março (REUTERS/Mohamed al-Sayaghi)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 16h29.

O alto comissário da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos disse ao Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira que a campanha militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen parece ser responsável por uma "quantidade desproporcional" de ataques contra áreas civis.

Falando durante a primeira reunião pública do conselho no Iêmen desde o início da ofensiva aérea saudita, nove meses atrás, Zeid Ra'ad al Hussein afirmou ter "observado com extrema preocupação" os bombardeios pesados em terra e pelo ar contra regiões iemenitas com grande concentração de civis e a destruição da infraestrutura civil, como hospitais e escolas.

Ele disse que todas as partes do conflito são responsáveis, "embora uma quantidade desproporcional pareça ser resultado dos ataques aéreos realizados pelas forças da coalizão".

A coalizão encabeçada pelos sauditas interveio na guerra civil do Iêmen em março na tentativa de restaurar o governo, derrubado por forças da tribo houthi com apoio iraniano, mas o saldo de mortes crescente de civis e a situação humanitária calamitosa vêm alarmando grupos de direitos humanos.

Nações ocidentais vêm aumentando sutilmente a pressão para que a Arábia Saudita busque um acordo político para encerrar o conflito, segundo diplomatas da ONU. Eles afirmam que a sessão desta terça-feira no conselho foi convocada para chamar atenção para a conflagração e para pressionar todos os envolvidos para que procurem negociar o fim da matança.

"Ainda peço ao conselho que faça tudo em seu poder para ajudar a conter o uso da força de todas as partes e para exortar todos os lados a cumprirem os princípios básicos da lei humanitária internacional", declarou Zeid. As facções em guerra no Iêmen concordaram com um cessar-fogo renovável por sete dias sob os auspícios da ONU que entrou em vigor em 15 de dezembro, mas que vem sendo violado frequentemente.

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