ONU critica decreto que amplia poderes do presidente egípcio
Decreto foi bem recebido por aliados de Mursi, mas gerou temores entre egípcios de orientação laica, preocupados com o domínio da Irmandade Muçulmana
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 10h13.
Genebra - O decreto pelo qual o presidente do Egito , Mohamed Mursi, ampliou seus próprios poderes causa gravíssimas preocupações relativas aos direitos humanos, disse na sexta-feira um porta-voz da alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay.
O decreto foi bem recebido por aliados de Mursi, mas gerou temores entre egípcios de orientação laica, preocupados com o domínio da Irmandade Muçulmana na atual etapa política do país.
Entre outros itens, o decreto prevê que todas as decisões tomadas por Mursi até a eleição de um novo Parlamento não podem ser judicialmente contestadas. Ele determina também um novo julgamento para o ex-presidente Hosni Mubarak e seus assessores.
"Estamos preocupados com as possíveis enormes ramificações desta declaração sobre os direitos humanos e o Estado de direito no Egito", disse Rupert Colville, porta-voz de Pillay em Genebra.
"Também tememos que isso leve a uma situação muito volátil nos próximos dias, começando, na verdade, por hoje." Colville não especificou quais partes do decreto são mais preocupantes. Ele disse que o texto é muito longo, e que uma análise mais completa será divulgada pelo gabinete de Pillay no máximo até sábado.
Genebra - O decreto pelo qual o presidente do Egito , Mohamed Mursi, ampliou seus próprios poderes causa gravíssimas preocupações relativas aos direitos humanos, disse na sexta-feira um porta-voz da alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay.
O decreto foi bem recebido por aliados de Mursi, mas gerou temores entre egípcios de orientação laica, preocupados com o domínio da Irmandade Muçulmana na atual etapa política do país.
Entre outros itens, o decreto prevê que todas as decisões tomadas por Mursi até a eleição de um novo Parlamento não podem ser judicialmente contestadas. Ele determina também um novo julgamento para o ex-presidente Hosni Mubarak e seus assessores.
"Estamos preocupados com as possíveis enormes ramificações desta declaração sobre os direitos humanos e o Estado de direito no Egito", disse Rupert Colville, porta-voz de Pillay em Genebra.
"Também tememos que isso leve a uma situação muito volátil nos próximos dias, começando, na verdade, por hoje." Colville não especificou quais partes do decreto são mais preocupantes. Ele disse que o texto é muito longo, e que uma análise mais completa será divulgada pelo gabinete de Pillay no máximo até sábado.