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ONU: Conversão 'verde' do planeta custará US$ 76 trilhões até 2050

O subsecretário-geral da ONU, Sha Zukang, ressaltou a necessidade de executar essa conversão o mais rápido possível, mas admitiu que a tarefa é árdua

Energia eólica, exemplo de energia renovável: para Zukang, a mudança teria o mesmo impacto econômico e social que a primeira revolução industrial (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2011 às 14h59.

Genebra - A completa conversão do planeta ao consumo de energia com tecnologias "verdes" custará US$ 76 trilhões até 2050, segundo o cálculo divulgado nesta terça-feira pelo Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc).

Nos próximos 40 anos, mais da metade desse valor, equivalente a US$ 1,1 trilhão ao ano, terá que ser investido nos países em desenvolvimento para atender à crescente demanda de alimentos e energia, de acordo com o relatório apresentado em Genebra, onde nesta semana acontece a reunião anual do Ecosoc.

O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, Sha Zukang, ressaltou a necessidade de executar esta conversão "o mais rápido possível" para "pôr fim à pobreza e reverter os efeitos catastróficos da mudança climática".

No entanto, Zukang admitiu que a tarefa é "árdua", já que atualmente são investidos apenas US$ 100 bilhões ao ano em tecnologias ecológicas, e lembrou que 30 ou 40 anos é muito pouco tempo para conseguir uma transformação tecnológica de tal envergadura, visto que as principais transições anteriores neste campo ocorreram em um prazo de 70 a 100 anos.

"A mudança teria o mesmo impacto socioeconômico que a primeira revolução industrial", afirmou.

Hoje, 90% da energia é gerada através de combustíveis fósseis, responsáveis por 60% das emissões de dióxido de carbono (CO2).

Segundo o relatório, a conversão para as energias verdes é "fundamental" para se chegar a níveis de vida satisfatórios nos países em desenvolvimento, especialmente entre os 1,4 bilhão de pessoas que vivem em extrema pobreza e os 2 bilhões de pessoas a mais que se espera que habitem o planeta em 2050.

Além disso, para o responsável da ONU, a revolução da tecnologia ecológica deverá se basear na cooperação internacional, já que a maioria das novas tecnologias verdes pertence aos países avançados e, portanto, são mais caras para as nações em desenvolvimento.

Zukang considerou que a cúpula Rio+20, que acontecerá no Brasil em junho de 2012, será uma oportunidade para que sejam firmados acordos neste âmbito e para que os países se comprometam a desenvolver políticas em nível nacional que abram caminho para a conversão do planeta às tecnologias verdes.

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Genebra - A completa conversão do planeta ao consumo de energia com tecnologias "verdes" custará US$ 76 trilhões até 2050, segundo o cálculo divulgado nesta terça-feira pelo Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc).

Nos próximos 40 anos, mais da metade desse valor, equivalente a US$ 1,1 trilhão ao ano, terá que ser investido nos países em desenvolvimento para atender à crescente demanda de alimentos e energia, de acordo com o relatório apresentado em Genebra, onde nesta semana acontece a reunião anual do Ecosoc.

O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, Sha Zukang, ressaltou a necessidade de executar esta conversão "o mais rápido possível" para "pôr fim à pobreza e reverter os efeitos catastróficos da mudança climática".

No entanto, Zukang admitiu que a tarefa é "árdua", já que atualmente são investidos apenas US$ 100 bilhões ao ano em tecnologias ecológicas, e lembrou que 30 ou 40 anos é muito pouco tempo para conseguir uma transformação tecnológica de tal envergadura, visto que as principais transições anteriores neste campo ocorreram em um prazo de 70 a 100 anos.

"A mudança teria o mesmo impacto socioeconômico que a primeira revolução industrial", afirmou.

Hoje, 90% da energia é gerada através de combustíveis fósseis, responsáveis por 60% das emissões de dióxido de carbono (CO2).

Segundo o relatório, a conversão para as energias verdes é "fundamental" para se chegar a níveis de vida satisfatórios nos países em desenvolvimento, especialmente entre os 1,4 bilhão de pessoas que vivem em extrema pobreza e os 2 bilhões de pessoas a mais que se espera que habitem o planeta em 2050.

Além disso, para o responsável da ONU, a revolução da tecnologia ecológica deverá se basear na cooperação internacional, já que a maioria das novas tecnologias verdes pertence aos países avançados e, portanto, são mais caras para as nações em desenvolvimento.

Zukang considerou que a cúpula Rio+20, que acontecerá no Brasil em junho de 2012, será uma oportunidade para que sejam firmados acordos neste âmbito e para que os países se comprometam a desenvolver políticas em nível nacional que abram caminho para a conversão do planeta às tecnologias verdes.

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