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ONU alerta para necessidades humanitárias no Sudão do Sul

Para o coordenador humanitário da ONU no país africano, a situação é "especialmente ruim" em Jonglei e Unidade


	Instalações da ONU no Sudão do Sul: ONU e outras organizações humanitárias fornecem atendimento médico de urgência e distribuem material cirúrgico e remédios aos hospitais de Juba
 (George Mindruta/AFP)

Instalações da ONU no Sudão do Sul: ONU e outras organizações humanitárias fornecem atendimento médico de urgência e distribuem material cirúrgico e remédios aos hospitais de Juba (George Mindruta/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 08h28.

Cairo - A ONU disse nesta terça-feira que as agências humanitárias necessitam ajuda para poder atender as dezenas de milhares de deslocados pela violência no Sudão do Sul, onde a situação é especialmente grave nos estado de Jonglei e Unidade.

Em comunicado, o coordenador humanitário da ONU no país africano, Toby Lanzer, explicou que as agências estão dando atenção especial aos cerca de 20 mil refugiados em sua base na capital Juba e aos sete mil em Bentiu, capital de Unidade.

"Embora estamos dando assistência nestas duas cidades, estou muito preocupado com as milhares de pessoas afetadas pela última semana de violência em outras partes do país", disse Lanzer.

Para o coordenador humanitário, a situação é "especialmente ruim" em Jonglei e Unidade, que caíram em mãos dos rebeldes e que neste momento são alvo de uma ofensiva governamental para recuperar seu controle.

As Nações Unidas, ao lado de outras organizações humanitárias, fornecem atendimento médico de urgência e distribuem material cirúrgico e remédios aos hospitais de Juba.

Lanzer lamentou que os trabalhadores humanitários estejam sob "pressão" devido aos ataques contra alguns complexos, como o perpetrado contra a base da ONU em Akobo, que no qual morreram na quinta-feira passada vinte civis e dois boinas azuis.

O responsável pediu a todas as partes em conflito que garantam a proteção dos civis e permitam aos trabalhadores humanitários ter acesso aos necessitados.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que atende os afetados pela violência em vários hospitais, também denunciou em uma nota a deterioração da situação.

Centenas de pessoas morreram no Sudão do Sul desde 15 de dezembro, quando aconteceu uma tentativa de golpe de Estado, pelo qual as autoridades acusaram o ex-vice-presidente Riak Mashar.

Aos combates entre ambos os lados se uniu uma escalada da violência étnica entre as tribos Dinka -a qual pertence o presidente, Salva Kiir- e Lou Nuer -da qual Mashar é membro.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu hoje ao Conselho de Segurança um reforço de 5.500 boinas azuis na Missão no Sudão do Sul (MISS), que se somarão aos 7.600 presentes no lugar.

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