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ONU acusa de corrupção ex-presidente do Iêmen

O grupo de consultores que redigiu o documento, entregue ao Conselho de Segurança da ONU, afirma que fortuna de Ali Abdalah Saleh foi depositada em vinte países

Ali Abdullah Saleh: documento avalia que ex-presidente recebeu subornos em troca de direitos exclusivos de prospecção (Khaled Abdullah/Reuters)

Ali Abdullah Saleh: documento avalia que ex-presidente recebeu subornos em troca de direitos exclusivos de prospecção (Khaled Abdullah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 18h45.

Graças ao envolvimento em casos de corrupção, o ex-presidente iemenita Ali Abdalah Saleh acumulou uma fortuna estimada entre US$ 32 bilhões e US$ 60 bilhões nos 33 anos em que esteve no poder, segundo informativo da ONU difundido na quarta-feira.

O grupo de consultores que redigiu o documento, entregue ao Conselho de Segurança da ONU, afirma que a fortuna foi depositada em vinte países.

Os especialistas também investigam os vínculos entre Saleh e empresários que teriam ajudado a ocultar essa cifra.

O Conselho já tinha decretado uma série de sanções em novembro de 2014, entre as quais o congelamento de seus bens pessoais.

O ex-presidente foi deposto em 2012, acusado de sabotar a transição política no país, ao apoiar milicianos xiitas huthis, que assumiram o controle da capital Sanaa.

Segundo o relatório, "o dinheiro é originário em parte da corrupção, especialmente a que está vinculada a contratos nas áreas de petróleo e gás".

O documento avalia que o ex-presidente recebeu subornos em troca de direitos exclusivos de prospecção.

Além de Saleh, amigos e familiares do ex-presidente são acusados de desviar dinheiro de um programa de subsídios à indústria petroleira.

As denúncias incluem, ainda, o envolvimento de todas essas pessoas em casos de extorsão.

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