A organização não governamental (ONG) Save the Children pediu hoje (19) uma reunião de emergência entre todos os líderes da União Europeia (UE) em busca de um acordo imediato que acabe com os naufrágios no Mediterrâneo.

Cerca de 700 imigrantes estão desaparecidos no mar, depois de o barco em que viajavam com destino à Itália ter naufragado a 60 milhas da costa da Líbia.

Em comunicado, a organização Save the Children pediu que os presidentes dos vários países da União Europeia se reúnam dentro de um prazo máximo de 48 horas para analisar a situação.r O documento lembra que a organização já tinha alertado sobre o aumento da travessia de imigrantes devido à instabilidade na Líbia, destacando os riscos a que as crianças são submetidas quando sujeitas a viagens marítimas sem condições de segurança.

“O que está ocorrendo no Mediterrâneo não é um acidente, é o resultado direto das nossas políticas. Quantas crianças inocentes, assim como as famílias, vão ter de morrer para que os nossos líderes atuem?”, pergunta a Save the Children.

Andres Conde, diretor-geral da ONG, acredita que é o momento de "pôr o humanismo à frente da política” e restabelecer imediatamente as operações de salvamento.

“A Europa não pode olhar para o lado enquanto milhares de pessoas morrem ao largo da costa”, afirmou.

A organização Save the Children referiu-se também aos testemunhos de várias crianças que chegam a Lampedusa, à Sicília, Calábria, e a Apulia, que revelam o nível de violência a que estão sujeitas na Líbia.

A União Europeia anunciou que vai promover reunião de urgência com os ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros por causa do naufrágio da embarcação que transportava 700 imigrantes, a 60 milhas da costa da Líbia.