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Remy Sharp
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ONG denuncia exploração de 2.600 norte-coreanos

Os trabalhadores atuam 12h por dia para receber menos de US$ 100, já que estão obrigados a entregar ao regime norte-coreano aproximadamente 90% do salário

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	Coreia do Norte: tanto a Mongólia quanto a Polônia mantêm com a Coreia do Norte laços diplomáticos que remontam à época da Guerra Fria
 (KNS/AFP)

Coreia do Norte: tanto a Mongólia quanto a Polônia mantêm com a Coreia do Norte laços diplomáticos que remontam à época da Guerra Fria (KNS/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2015 às, 09h05.

O regime norte-coreano mantém cerca de 2.600 trabalhadores na Mongólia e Polônia trabalhando em condições de semiescravatura para enviar divisas ao país, denunciou hoje (23) uma organização não governamental (ONG) da vizinha Coreia do Sul.

O Centro de Bases de Dados para os Direitos Humanos na Coreia do Norte, uma ONG sediada em Seul, informou que cerca de 1.800 norte-coreanos trabalham no setor da construção e de confecções da Mongólia e 800 na construção e em estaleiros da Polônia.

Os trabalhadores atuam 12 horas por dia para receber menos de US$ 100 por mês, já que estão obrigados a entregar ao regime norte-coreano aproximadamente 90% do seu salário, segundo dados da organização publicados na imprensa sul-coreana.

Tanto a Mongólia quanto a Polônia mantêm com a Coreia do Norte laços diplomáticos que remontam à época da Guerra Fria.

Os trabalhadores dos dois países são uma pequena parte dos mais de 150 mil norte-coreanos que operam em condições similares em todo o mundo, a maioria deles na China e Rússia, denunciaram organizações internacionais como a Human Rights Watch (HRW) e a NK Watch.

O regime da Coreia do Norte utiliza esses trabalhadores para obter divisas entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões anualmente, de acordo com o Centro de Bases de Dados para os Direitos Humanos.

A economia norte-coreana, afetada pelas sanções das Nações Unidas e pela grande crise dos anos 1990, mostrou sinais de revitalização desde que Kim Jong-un chegou ao poder no fim de 2011, especialmente no setor da construção e obras públicas.

Segundo especialistas, as remessas de divisas dos seus trabalhadores no estrangeiro contribuem de forma significativa para o financiamento do desenvolvimento na nova era da dinastia Kim.

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