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Onda de calor no Alasca provoca incêndios e derrete geleiras

Até domingo pela manhã, foram registrados 354 incêndios florestais, segundo os bombeiros, que chegaram a emitir uma ordem de retirada aos moradores

Incêndios no Alasca: O forte calor na maior parte do estado criou condições inflamáveis e está elevando o nível dos rios com água do degelo (Alaska Division of Forestry/Handout via REUTERS/Reuters)
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Reuters

Publicado em 1 de julho de 2019 às 12h26.

Última atualização em 1 de julho de 2019 às 12h28.

Anchorage — Uma onda de calor no Alasca está provocando incêndios florestais e derretendo geleiras, sufocando as maiores cidades do estado norte-americano com fumaça e elevando o nível dos rios com água do degelo.

Em Anchorage, que abriga cerca de 40% da população do Alasca, o Serviço Nacional do Clima (NWS) emitiu um aviso de fumaça densa no domingo, desaconselhando atividades prolongadas ao ar livre e aconselhando idosos e doentes a permanecerem em casa.

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O culpado é o incêndio florestal do Lago Swan, no sul do Refúgio Nacional da Natureza Selvagem de Kenai, que arde desde a queda de um raio no dia 5 de junho e consumiu mais de 27.500 hectares, disseram bombeiros.

Em Fairbanks, mais ao norte, bombeiros ordenaram retiradas em duas áreas e orientaram os moradores de uma terceira a se prepararem para partir por causa do incêndio de Shovel Creek, que atingiu 2.253 hectares no domingo.  "As pessoas deveriam partir, sair agora. Partam imediatamente. Não adiem a partida", disse a ordem de retirada.

No total, havia 354 incêndios florestais cobrindo 179.361 hectares do Alasca até a manhã de domingo, segundo bombeiros estaduais e federais.

Além do Refúgio Nacional de Kenai, que tem várias conflagrações ativas, locais emblemáticos como o Parque Nacional de Denali e o Refúgio Nacional da Natureza Selvagem do Ártico têm incêndios. O calor recorde e quase recorde na maior parte do estado criou condições inflamáveis da fronteira canadense, no leste, ao litoral do Mar de Bering, no oeste.

Anchorage foi uma das áreas que testemunharam um calor recorde em junho, que veio na esteira de uma primavera com calor recorde no Alasca como um todo, disse Rick Thoman, cientista climático do Centro de Avaliação e Política Climática do Alasca radicado em Fairbanks. "Este clima muito quente, logo depois do maio quente, o degelo muito precoce, depois tivemos estas duas semanas de raios - é o cenário clássico", explicou Thoman.

As geleiras em derretimento e os campos de neve montanhosos estão enchendo os rios e correntes ao longo de uma grande parte do centro-sul do Alasca, disse o NWS. O degelo fez o nível das águas chegar ao estágio de inundação no Rio Yentna, situado a noroeste de Anchorage, no domingo, segundo Bob Clay, meteorologista do NWS.

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