Zika:"Nossa posição é a mesma de sempre, cada país pode fazer o que parecer mais conveniente" (Ernesto Benavides / AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 09h51.
Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda nenhuma medida específica sobre planejamento familiar ou restrições de viagens para prevenir o contágio do vírus do zika, embora avalie que os governos podem tomar as que considerarem oportunas.
"Nossa posição é a mesma de sempre, cada país pode fazer o que parecer mais conveniente, nós por enquanto não fazemos nenhuma observação", afirmou Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, em entrevista coletiva, ao ser perguntado sobre o que achava das recomendações que Colômbia e El Salvador fizeram à suas cidadãs, de adiar a gravidez para evitar as consequências de um eventual contágio.
Por enquanto, a OMS contabiliza a presença do vírus em 20 países, com focos de tamanho considerável em Brasil, Colômbia, El Salvador, Panamá e Cabo Verde.
O porta-voz fez referência aos números nacionais e aos estudos sobre a relação entre o vírus e os casos de microcefalia em recém-nascidos, mas afirmou que não podia dizer nada enquanto não houver dados conclusivos.
A única referência que Lindmeier fez foi ao surto de zika Polinésia Francesa que não foi relacionado a casos de microcefalia.
O país mais afetado pelo vírus zika é o Brasil, que identificou quase 3.900 casos de microcefalia e 49 mortes de bebês com má formação congênita, e em cinco foi possível comprovar a relação com o vírus.
O vírus zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da transmissão da dengue e da chicungunha.