OMS: 29% dos hospitais públicos sírios não estão funcionando
A Organização Mundial da Saúde denunciou ainda que 67% dos hospitais públicos do país foram afetados de alguma forma pelo conflito armado
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2012 às 13h29.
Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou nesta segunda-feira que 67% dos hospitais públicos da Síria foram afetados pelo conflito armado, sendo que 29% já se encontram fechados.
Em comunicado, a OMS se mostrou "gravemente preocupada" pelos ataques cometidos contra as equipes médicas, pacientes e edifícios hospitalares após o aumento da violência no país.
"A escalada do conflito provocou danos substanciais às infraestruturas de saúde em todo o país", denuncio a OMS, ressaltando que todas as partes envolvidas no conflito armado têm obrigação de proteger os civis, os centros hospitalares e os profissionais que trabalham nelas.
Além disso, a OMS denuncia que durante os confrontos houve um "mau uso" das ambulâncias, o que dificultou o transporte seguro dos pacientes. De um total de 520 ambulâncias, pelo menos 271 estavam danificadas, sendo que agora 177 se encontram fora de serviço.
A OMS lembrou que os hospitais "devem ser tratados como espaços neutros e nunca devem ser explotarados com propósitos militares" e, por isso, pediu às partes envolvidas para cessar a violência contra estes tipos de estabelecimentos para assegurar o acesso dos pacientes e a distribuição de material médico, remédios e vacinas.
Segundo dados da ONU, o conflito na Síria, que foi iniciado em março de 2011, já causou mais de 25 mil mortes e forçou o refúgio de 250 mil pessoas aos países vizinhos, sendo que pelo menos 2,5 milhões de pessoas necessitam ajuda humanitária no país.