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OMC não está preparada para combater restrições à exportação

Diretor geral do órgão pediu conclusão da rodada de Doha e regras mais claras sobre o assunto

Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, considera que o órgão se concentrou nas restrições às importações nos últimos anos (MN Chan/Getty Images)

Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, considera que o órgão se concentrou nas restrições às importações nos últimos anos (MN Chan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2010 às 11h01.

Berlim - A Organização Mundial do Comércio (OMC) não está totalmente preparada para lutar contra as restrições à exportação, que se multiplicaram no comércio internacional, sobretudo na área de matérias-primas, admitiu o diretor geral Pascal Lamy.

"Durante os últimos 20 anos, a OMC se concentrou muito nas restrições à importação e não tanto nas restrições à exportação", comentou Lamy em Berlim.

"As regras a respeito são muito superficiais", disse Lamy, para quem os membros da OMC podem modificá-las para lutar de maneira mais eficaz contra as restrições à exportação.

No setor de matérias-primas existe o dobro de restrições à exportação que em outros setores, destacou Lamy.

Atualmente, a China é alvo de críticas de vários sócios, que acusam Pequim de ter interrompido as exportações de metais raros do Japão e limitado fortemente em direção a outros países, o que o governo comunista nega.

"Concluir a rodada de negociações de Doha não resolverá todos os problemas, mas será um primeiro passo no bom caminho", afirmou Lamy.

A rodada de Doha, iniciada no Qatar em 2001, pretende obter a liberalização do comércio internacional e reduzir as taxas de importação de milhares de produtos. Todas as tentativas de concluir a rodada fracassaram desde então.

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