OIT aprova primeira norma trabalhista internacional envolvendo a Aids
Genebra - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou nesta quinta-feira a primeira norma trabalhista internacional envolvendo a Aids, com o objetivo de melhorar as condições dos soropositivos, particularmente nos países em desenvolvimento onde, segundo a entidade, a discriminação persiste. "Essa recomendação constituirá o primeiro instrumento de direitos humanos sobre HIV/Aids no mundo do trabalho", […]
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2011 às 19h25.
Genebra - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou nesta quinta-feira a primeira norma trabalhista internacional envolvendo a Aids, com o objetivo de melhorar as condições dos soropositivos, particularmente nos países em desenvolvimento onde, segundo a entidade, a discriminação persiste.
"Essa recomendação constituirá o primeiro instrumento de direitos humanos sobre HIV/Aids no mundo do trabalho", afirmou a diretora do programa da OIT sobre o tema, Sophia Kisting.
Trata-se de fomentar a integração dos soropositivos no trabalho e de proibir práticas discriminatórias durante a contratação.
Apesar de não ser vinculante, a recomendação adotada por ampla maioria obriga os parlamentares dos 178 Estados membros da OIT, uma organização tripartite que reúne representantes sindicais, empresários e governos, a debater o texto e propor medidas concretas que permitam fazer avançar os direitos dos doentes de Aids no mundo do trabalho.
Com essa norma, a OIT espera "encontrar a forma de fazer frente ao estigma e à discriminação que ainda geram a supressão de empregos e dificultam o acesso de pessoas que vivem com o HIV", explicou à AFP outra responsável pelos programas da OIT sobre a Aids, Josée Laporte.
A OIT recomenda aos empresários propôr novas formações aos soropositivos que, devido à doença, não podem cumprir seus horários ou determinadas funções.
Em torno de 33,4 milhões de pessoas são soropositivas e, a cada ano, aparecem 2,7 milhões de novos casos de infecção por HIV, segundo a ONUAIDS, cujos últimos dados são do ano 2008.