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OEA não aprova nenhuma das 2 declarações sobre a Venezuela

O pedido de cancelamento da Assembleia Nacional Constituinte fracassou ao obter 20 votos a favor, 8 abstenções, 5contra e uma ausência - a da Venezuela

Venezuela: a reunião de hoje retoma a que foi realizada no último dia 31 de maio em Washington (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: a reunião de hoje retoma a que foi realizada no último dia 31 de maio em Washington (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de junho de 2017 às 21h20.

Cancún - A Organização dos Estados Americanos (OEA) não conseguiu nesta segunda-feira aprovar as duas declarações sobre a crise na Venezuela apresentadas na reunião de chanceleres do bloco, já que nenhuma obteve os 23 votos necessários.

A proposta negociada por um amplo grupo de países que pedia o cancelamento da Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela fracassou ao obter 20 votos a favor, oito abstenções, cinco contra e uma ausência - a da Venezuela.

A outra iniciativa, de São Vicente e Granadinas, menos crítica em relação ao governo de Nicolás Maduro, teve oito apoios, 11 abstenções, 14 contra e uma ausência - também a Venezuela.

Inicialmente seria votada apenas a proposta negociada pelo grupo amplo, e o presidente da reunião, o chanceler da Guatemala, Carlos Raúl Morales, tinha assegurado que esse texto tinha um número suficiente de apoios para seguir adiante.

Além disso, disse que a proposta de São Vicente e Granadinas, em nome da Comunidade do Caribe (Caricom), tinha sido retirada, da mesma forma que outro texto, o mais duro dos três, impulsionado por Estados Unidos, México, Canadá, Panamá e Peru.

No entanto, após um recesso de mais de uma hora para estudar a proposta sobre a Constituinte que teoricamente tinha apoios suficientes, Morales convocou a votação desse texto e também o da Caricom.

Para se aprovar um texto em uma reunião de chanceleres são necessários os votos de 23 nações, dois terços dos 34 Estados representados na reunião (todos os do continente, exceto Cuba).

A reunião de chanceleres de hoje retoma a que foi realizada no último dia 31 de maio em Washington e teve então que ser suspensa após cinco horas, ao constatar-se que não havia acordo possível entre as duas propostas de declaração apresentadas.

A Assembleia Geral da OEA será inaugurada esta noite pelo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, e acontecerá até quarta-feira.

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