OEA: Inglaterra e Argentina devem discutir soberania das Malvinas
Brasília - Os representantes dos países que participam da 40ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovaram hoje (8) a retomada das negociações sobre o domínio e a soberania referente às Ilhas Malvinas entre a Inglaterra e a Argentina. O encontro ocorre em Lima, capital peruana. A questão provoca embates entre os dois […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Os representantes dos países que participam da 40ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovaram hoje (8) a retomada das negociações sobre o domínio e a soberania referente às Ilhas Malvinas entre a Inglaterra e a Argentina. O encontro ocorre em Lima, capital peruana.
A questão provoca embates entre os dois países desde o século 19. Sob poder dos ingleses, os argentinos reivindicam o comínio da região.
"A Argentina nunca deixou de manifestar a sua disponibilidade para negociar de forma pacífica", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros argentino, Jorge Taiana. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, Telam.
O impasse se acentuou nos últimos meses depois que o governo da Argentina fixou uma lei vetando atividades de empresas estrangeiras, sem permissão oficial, na região das ilhas.
A instalação de plataformas de petróleo da Inglaterra em áreas de plataforma continental da Argentina é um novo ato unilateral, acusou Taiana. A recusa britânica de restaurar o diálogo bilateral em contraste com a posição de negociar do meu país vai contra às resoluções das Nações Unidas e da OEA, mas também em várias declarações internacionais", prosseguiu ele.
Desde o século 19, a Argentina e a Inglaterra disputam o controle sobre as Ilhas Malvinas que estão sob comando inglês desde 1833. Em 1982, houve a Guerra das Malvinas, quando, Pelos dados oficiais, morreram 649 soldados argentinos, 255 ingleses, além de moradores das ilhas. Os argentinos saíram derrotados.
Mas, no governo do ex-presidente Néstor Kirchner, que antecedeu o da sua mulher, Cristina Kirchner, houve campanha para retomar o controle da região. O assunto é recorrente na política argentina.