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OEA condena incidente com avião de Morales na Europa

Membros aceitaram condenar as ações "claramente violatórias de normas e de princípios básicos do Direito Internacional"

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2013 às 22h53.

O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta terça-feira, por consenso, uma resolução que condena o incidente envolvendo o avião do presidente boliviano, Evo Morales, que foi impedido de sobrevoar vários países europeus na semana passada.

Os membros da OEA aceitaram condenar as ações "claramente violatórias de normas e de princípios básicos do Direito Internacional, como a inviolabilidade dos chefes de Estado", destaca o comunicado lido pela Secretaria do organismo.

O Conselho Permanente também faz um "firme apelo aos governo de França, Portugal, Itália e Espanha para que prestem as explicações necessárias" sobre o incidente e ofereçam as "desculpas correspondentes".

Após mais de nove horas de debates no Conselho Permanente, o comunicado foi aprovado por consenso, mas com reservas explícitas de Estados Unidos e Canadá.

No dia 2 de julho, quando Morales seguia de Moscou para La Paz, o avião presidencial boliviano teve o acesso negado aos espaços aéreos de França, Portugal, Itália e Espanha, e foi obrigado a realizar um pouso de emergência em Viena.

A decisão de fechar o espaço aéreo ao avião presidencial boliviano foi provocada pela suspeita da presença do ex-analista de Inteligência Edward Snowden no aparelho.

Snowden é procurado por Washington por vazar informações secretas para a imprensa.

O ministro de Governo da Bolívia, Carlos Romero, que representou seu país na reunião, considerou o incidente "de muita gravidade" e destacou que constitui um "atentado" e uma "agressão, da qual Morales foi vítima".

Os países europeus "atuaram de forma agressiva e não amistosa", criticou o embaixador nicaraguense, Denis Moncada, enquanto que o representante venezuelano, Roy Chaderton, chamou-os de "súditos coloniais que obedecem dóceis à superpotência global", em clara referência aos Estados Unidos.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, pediu que se esclareça o incidente - caso contrário, ficará uma "ferida" entre os países envolvidos.

"A melhor forma de curar esta ferida é que se esclareça o que realmente aconteceu. De onde chegou a notícia de que o senhor Snowden estava no avião? Por que se acreditou nisso? O que levou esses países a cometerem semelhante ato?" - questionou Insulza.

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O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta terça-feira, por consenso, uma resolução que condena o incidente envolvendo o avião do presidente boliviano, Evo Morales, que foi impedido de sobrevoar vários países europeus na semana passada.

Os membros da OEA aceitaram condenar as ações "claramente violatórias de normas e de princípios básicos do Direito Internacional, como a inviolabilidade dos chefes de Estado", destaca o comunicado lido pela Secretaria do organismo.

O Conselho Permanente também faz um "firme apelo aos governo de França, Portugal, Itália e Espanha para que prestem as explicações necessárias" sobre o incidente e ofereçam as "desculpas correspondentes".

Após mais de nove horas de debates no Conselho Permanente, o comunicado foi aprovado por consenso, mas com reservas explícitas de Estados Unidos e Canadá.

No dia 2 de julho, quando Morales seguia de Moscou para La Paz, o avião presidencial boliviano teve o acesso negado aos espaços aéreos de França, Portugal, Itália e Espanha, e foi obrigado a realizar um pouso de emergência em Viena.

A decisão de fechar o espaço aéreo ao avião presidencial boliviano foi provocada pela suspeita da presença do ex-analista de Inteligência Edward Snowden no aparelho.

Snowden é procurado por Washington por vazar informações secretas para a imprensa.

O ministro de Governo da Bolívia, Carlos Romero, que representou seu país na reunião, considerou o incidente "de muita gravidade" e destacou que constitui um "atentado" e uma "agressão, da qual Morales foi vítima".

Os países europeus "atuaram de forma agressiva e não amistosa", criticou o embaixador nicaraguense, Denis Moncada, enquanto que o representante venezuelano, Roy Chaderton, chamou-os de "súditos coloniais que obedecem dóceis à superpotência global", em clara referência aos Estados Unidos.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, pediu que se esclareça o incidente - caso contrário, ficará uma "ferida" entre os países envolvidos.

"A melhor forma de curar esta ferida é que se esclareça o que realmente aconteceu. De onde chegou a notícia de que o senhor Snowden estava no avião? Por que se acreditou nisso? O que levou esses países a cometerem semelhante ato?" - questionou Insulza.

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