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Queda de helicóptero com socorristas deixa 6 mortos na Itália

Todos os passageiros morreram na queda do helicóptero que voava em meio a difíceis condições climáticas, sobretudo em razão da névoa

Captura de imagem mostra neblina em campo de ski no Campo Felice, Itália (Departure of Campo Felice/Reprodução)

Captura de imagem mostra neblina em campo de ski no Campo Felice, Itália (Departure of Campo Felice/Reprodução)

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AFP

Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 12h31.

Última atualização em 24 de janeiro de 2017 às 16h50.

Seis pessoas morreram nesta terça-feira na queda de um helicóptero do serviço de emergência que trabalhava no resgate de um esquiador em Campo Felice, nos Abruzos, centro da Itália, uma tragédia que se soma à avalanche que devastou um hotel na mesma região na semana passada.

Todos os passageiros morreram na queda do helicóptero que voava em meio a difíceis condições climáticas, sobretudo em razão da névoa, que atinge esta região há mais de vinte dias.

"Seis pessoas morreram no acidente. As equipes de resgate encontraram seus cadáveres espalhados na neve", disse à AFP o porta-voz da polícia da cidade de L'Aquila.

O helicóptero não fazia parte da equipe de socorristas que trabalha no vasto dispositivo de emergência acionado depois do terremoto e avalanche que atingiu a região na semana passada e que fez quinze mortos até o momento.

"Estava voando para resgatar pessoas das pistas de esqui. Não tem relação com a avalanche e o terremoto", explicou à AFP o porta-voz.

O helicóptero transportava cinco membros da tripulação e o esquiador ferido e se dirigia ao hospital de L'Aquila.

Equipes de socorro, da polícia, dos bombeiros e carabineiros conseguiram chegar finalmente ao local, onde encontraram todos os ocupantes mortos.

Buscas em hotel continuam

Há uma semana, milhares de militares, bombeiros, alpinistas, voluntários da Defesa Civil atuam nesta região montanhosa, a cerca de 150 km de Roma, assolada por uma série de calamidades naturais.

Nesta terça-feira, mais três corpos foram retirados dos escombros do hotel devastado seis dias antes por uma avalanche, o que eleva a 15 o número de vítimas da tragédia e cai para 14 o de desaparecidos.

Ao mesmo tempo, em Farindola, a localidade mais próxima do hotel Rigopiano, situado na zona montanhosa dos Abruzos, foi realizado o primeiro velório, em um clima de tristeza e impotência.

No hotel, as equipes de resgate seguem as buscas em uma corrida desesperada para tentar encontrar pessoas ainda com vida.

"Vamos parar as buscas apenas quando tivermos certeza de que não há ninguém sob os escombros", assegurou à imprensa Luigi D'Angelo, funcionário da Defesa Civil.

"Estamos quase no coração da estrutura, a zona compreendida entre a cozinha, o bar e o lobby. Vamos continuar até encontrarmos todo mundo", explicou.

Os socorristas tentam derrubar o muro que separava a cozinha do bar do hotel, onde acreditam que se encontrava um grupo de hóspedes.

Após o resgate na sexta-feira de nove sobrevivente depois de 48 horas do acidente e a descoberta na segunda-feira de três filhotes de cachorro vivos, a possibilidade de encontrar pessoas ainda com vida diminui com o passar das horas.

Em Farindola, dezenas de pessoas assistiram ao funeral de Alessandro Giancaterino, de 42 anos, chefe dos garçons e irmão do ex-prefeito da cidade, Massimiliano Giancaterino, que autorizou há dez anos a remodelação e ampliação do hotel.

Em Penne, outra localidade próxima, foi realizado nesta terça o funeral de Gabriele D'Angelo, um garçom de 31 anos.

Enquanto prosseguiam as operações de resgate, a justiça italiana investigava o ocorrido para determinar se a catástrofe poderia ter sido evitada no hotel Rigopiano.

Um dia após uma enorme avalanche atingir o edifício, foi aberta uma investigação por homicídio culposo para determinar se todos os riscos haviam sido levados em conta, tanto na construção do hotel quanto no desenvolvimento dos acontecimentos de quarta-feira.

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