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Octavio de Barros nega interesse no BC

Para o economista-chefe do Bradesco, mudança para Brasília não faz sentido tanto do ponto de vista profissional quanto pessoal

Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco: seu futuro não é o BC (Folha Imagem)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 11h55.

Em meio aos rumores sobre a saída de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central, aumentam as especulações sobre quem seriam os candidatos a sucessor. Na atual lista de possíveis substitutos está Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, Octavio de Barros, economista-chefe do mesmo banco, Fabio Barbosa, presidente do banco Santander no Brasil, e o prata da casa Alexandre Tombini, atual diretor de normas do BC.

Em entrevista a EXAME, Octavio de Barros negou, de forma veemente, qualquer intenção de assumir o lugar de Meirelles.

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Em meio aos rumores sobre a saída de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central, aumentam as especulações sobre quem seriam os candidatos a sucessor. Na atual lista de possíveis substitutos está Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, Octavio de Barros, economista-chefe do mesmo banco, Fabio Barbosa, presidente do banco Santander no Brasil, e o prata da casa Alexandre Tombini, atual diretor de normas do BC.

Em entrevista a EXAME, Octavio de Barros negou, de forma veemente, qualquer intenção de assumir o lugar de Meirelles.

O senhor pretende ocupar a presidência do BC?
É muito gentil ver o meu nome mencionado, mas as pessoas que me conhecem sabem perfeitamente que não tenho essa vaidade. Isto não é uma mera declaração retórica. Não tenho mesmo. Tenho outras vaidades na vida, como ser torcedor do Fluminense.

Por que não o BC?
Tenho uma situação privilegiada como diretor do Bradesco, onde comando um time de 50 pessoas, sendo 22 macroeconomistas. O apoio do comando do banco é extraordinário. Sinto-me extremamente feliz profissionalmente. Não consigo me ver no setor público nessa fase da minha vida profissional.

Por que então seu nome é sempre lembrado?
Prezo imensamente a minha independência política e me relaciono construtivamente com os mais diferentes interlocutores de variadas correntes de pensamento. Pelo fato de ser um economista não-dogmático e manter uma amizade e admiração de mais de 25 anos com Luciano Coutinho, as pessoas acham que eu seria um candidato natural ao BC. Mas só quem não me conhece acha isso. Também o fato de ter uma visão institucionalista e construtiva sobre as transformações do Brasil é confundido por vezes com apoio a teses governamentais. Paciência, tenho que lidar com essa leitura precipitada de alguns.

Essa é uma decisão irrevogável?
Minha opção de vida é a de ficar cada vez mais dedicado ao trabalho no Bradesco e próximo da minha família. Uma responsabilidade como a presidência do BC significaria uma mudança de rumo que eu não estaria disposto a fazer nesta fase da minha vida.

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