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Ocidente quer reduzir risco de Irã ter bomba atômica

Negociação poderá encerrar uma década de hostilidade entre o Ocidente e a República Islâmica

Bandeira do Irã ao lado de míssil: o Irã tem uma das maiores reservas mundiais de gás e petróleo e, com 80 milhões de habitantes, representa um mercado vastamente inexplorado (VAHID REZA ALAEI/AFP/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 11h05.

Bruxelas/Viena - Quando começarem a negociar um acordo nuclear definitivo com o Irã , na semana passada, as potências ocidentais terão como principal objetivo evitar que Teerã acumule material suficiente para produzir uma bomba atômica em curto prazo.

Se der certo, essa negociação poderá encerrar uma década de hostilidade entre o Ocidente e a República Islâmica, afastando o risco de uma nova guerra no Oriente Médio .

A arraigada desconfiança mútua e a divergência entre as expectativas de ambas as partes ainda pariam sobre a negociação. O presidente dos EUA, Barack Obama, estima em 50 por cento a chance de sucesso, mas alguns acham que essa avaliação é otimista demais.

Ambos os lados, no entanto, dizem haver vontade política para a busca de um acordo histórico, com amplas repercussões geopolíticas e econômicas. O Irã tem uma das maiores reservas mundiais de gás e petróleo e, com 80 milhões de habitantes, representa um mercado vastamente inexplorado, com grande potencial para as empresas estrangeiras.

Os governos ocidentais parecem já ter desistido da ideia, prevista em uma série de resoluções do Conselho de Segurança da ONU desde 2006, de que o Irã deveria abrir mão de um dos aspectos mais polêmicos do seu programa nuclear - o enriquecimento de urânio.

Reservadamente, diplomatas admitem que a atividade nuclear iraniana já está avançada demais para que Teerã aceite desmantelar completamente sua estrutura.

Mas, mesmo que o Irã seja autorizado a manter uma atividade limitada de enriquecimento nuclear, o Ocidente buscará garantias de que qualquer tentativa de desenvolver uma bomba irá demorar o suficiente para que possa ser detectada e evitada, possivelmente com uma ação nuclear.

O enriquecimento de urânio é um processo que pode gerar combustível para reatores civis ou, dependendo do grau de pureza do material, para armas atômicas. Teerã insiste no caráter exclusivamente pacífico das suas atividades.

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Bruxelas/Viena - Quando começarem a negociar um acordo nuclear definitivo com o Irã , na semana passada, as potências ocidentais terão como principal objetivo evitar que Teerã acumule material suficiente para produzir uma bomba atômica em curto prazo.

Se der certo, essa negociação poderá encerrar uma década de hostilidade entre o Ocidente e a República Islâmica, afastando o risco de uma nova guerra no Oriente Médio .

A arraigada desconfiança mútua e a divergência entre as expectativas de ambas as partes ainda pariam sobre a negociação. O presidente dos EUA, Barack Obama, estima em 50 por cento a chance de sucesso, mas alguns acham que essa avaliação é otimista demais.

Ambos os lados, no entanto, dizem haver vontade política para a busca de um acordo histórico, com amplas repercussões geopolíticas e econômicas. O Irã tem uma das maiores reservas mundiais de gás e petróleo e, com 80 milhões de habitantes, representa um mercado vastamente inexplorado, com grande potencial para as empresas estrangeiras.

Os governos ocidentais parecem já ter desistido da ideia, prevista em uma série de resoluções do Conselho de Segurança da ONU desde 2006, de que o Irã deveria abrir mão de um dos aspectos mais polêmicos do seu programa nuclear - o enriquecimento de urânio.

Reservadamente, diplomatas admitem que a atividade nuclear iraniana já está avançada demais para que Teerã aceite desmantelar completamente sua estrutura.

Mas, mesmo que o Irã seja autorizado a manter uma atividade limitada de enriquecimento nuclear, o Ocidente buscará garantias de que qualquer tentativa de desenvolver uma bomba irá demorar o suficiente para que possa ser detectada e evitada, possivelmente com uma ação nuclear.

O enriquecimento de urânio é um processo que pode gerar combustível para reatores civis ou, dependendo do grau de pureza do material, para armas atômicas. Teerã insiste no caráter exclusivamente pacífico das suas atividades.

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