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Ocidente pode atacar Síria em dias, dizem enviados

Segundo secretário da Defesa Chuck Hagel, forças dos EUA na região já estão "prontas para agir"

Soldados do exército livre da Síria comemoram vitória militar na cidade de Khanasir, na região de Alepo (Ammar Abdullah/Reuters)

Soldados do exército livre da Síria comemoram vitória militar na cidade de Khanasir, na região de Alepo (Ammar Abdullah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 16h14.

Amã/Beirute - As potências ocidentais podem atacar a Síria em poucos dias, disseram enviados dos Estados Unidos e seus aliados aos rebeldes que combatem o presidente Bashar al-Assad, segundo afirmaram à Reuters fontes que participaram da reunião na terça-feira.

Forças dos EUA na região estão "prontas para agir", disse o secretário da Defesa Chuck Hagel, enquanto Washington e seus parceiros europeus e do Oriente Médio afiavam os planos para punir Assad por um grande ataque com gás venenoso na semana passada, que matou centenas de civis.

Várias fontes que participaram de uma reunião em Istambul na segunda-feira entre líderes da oposição síria e diplomatas de Washington e outros governos disseram à Reuters que os rebeldes foram aconselhados a esperar a ação militar e a se preparar para negociar a paz.

"Foi dito à oposição em termos claros que a ação para deter mais uso de armas químicas pelo regime de Assad poderia acontecer já nos próximos dias, e que eles ainda deveriam se preparar para negociações de paz em Genebra", disse uma das fontes.

Ahmad Jarba, presidente da Coalizão Nacional Síria, se encontrou com enviados de 11 Estados no grupo Amigos da Síria, inclusive Robert Ford, o embaixador dos EUA na Síria, em um hotel em Istambul.

Os investigadores de armas químicas das Nações Unidas, que finalmente cruzaram a linha de frente para recolher amostras na segunda-feira, adiaram uma segunda viagem aos subúrbios de Damasco controlados pelos rebeldes. Washington disse que Assad era responsável por uma "obscenidade moral".


No entanto, com a oposição de russos e chineses complicando os esforços para satisfazer a lei internacional - e os eleitores ocidentais cansados de novas e distantes guerras -, os líderes ocidentais podem não puxar o gatilho ainda. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, chamou de volta o Parlamento de seu recesso de verão para uma sessão sobre a Síria na quinta-feira.

Ele e o presidente dos EUA, Barack Obama, além do presidente francês, François Hollande, discutiram questões difíceis sobre como uma intervenção, provavelmente limitada a bombardeios, irá terminar - e se eles se arriscam a ceder o poder para rebeldes islâmicos anti-Ocidente se Assad for derrubado.

Na França, que assumiu uma postura líder na ajuda aos rebeldes líbios para derrubar Muammar Gaddafi em 2011, Hollande estava prestes a se dirigir aos embaixadores. Uma fonte diplomática francesa disse que Paris não tinha dúvidas de que as forças de Assad lançaram o ataque a gás e não iria "fugir às responsabilidades" na resposta.

Em um indício do apoio de Estados árabes, que pode ajudar as potências ocidentais a defenderem o caso para a guerra contra prováveis vetos na ONU de Moscou e Pequim, a Liga Árabe divulgou um comunicado responsabilizando o governo de Assad pelo ataque químico.

Na Arábia Saudita, o principal patrocinador regional dos rebeldes, o ministro das Relações Exteriores Saud al-Faisal pediu "uma postura decisiva e séria da comunidade internacional para parar a tragédia humanitária do povo sírio".

Temores de um conflito internacional atingiram alguns mercados financeiros, principalmente na vizinha Turquia, assim como em economias emergentes, que podem ser duramente atingidas por um resfriamento no comércio mundial.

Questionado se os militares dos EUA estavam prontos para responder já, Hagel disse: "Estamos prontos para ir".

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