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Ocidentais se juntam à milícia cristã contra Estado Islâmico

Estado Islâmico conquistou Mosul no verão passado e lançou um ultimato aos cristãos: paguem impostos, convertam-se ao Islã, ou morram pela espada


	Estado Islâmico: ameaças a cristãos
 (AFP)

Estado Islâmico: ameaças a cristãos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2015 às 11h37.

DUHOK - São Miguel, arcanjo da batalha, está tatuado nas costas de um veterano do exército norte-americano que voltou recentemente ao Iraque e se juntou à milícia cristã que luta contra o Estado Islâmico, no que ele vê como uma guerra bíblica entre o bem e o mal.

Brett, 28, carrega a mesma bíblia de bolso desgastada que carregava quando enviado ao Iraque em 2006 - uma imagem da Virgem Maria dobrada dentro de suas páginas e seus versos favoritos destacados.

"É muito diferente", disse ele, perguntando sobre como as experiências se comparam.

"Aqui estou lutando por um povo e por uma fé, e o inimigo é muito maior e mais brutal." Milhares de estrangeiros têm ido ao Iraque e Síria nos últimos dois anos, a maioria para se juntar ao Estado Islâmico, mas alguns ocidentais idealistas também estão se alistando, citando a frustração de que seus governos não estão fazendo mais para combater os Islamistas ultra-radicais ou prevenir o sofrimento de inocentes. A milícia a qual eles aderiram se chama Dwekh Nawsha - que significa auto sacrifício em aramaico, idioma antigo de Cristo e ainda usado por cristãos assírios, que se consideram o povo indígena do Iraque.

Um mapa na parede do escritório do partido político Assírio afiliado com a Dwekh Nawsha marca as cidades cristãs ao norte do Iraque, desdobrando-se ao redor da cidade de Mosul.

A maioria está agora sob controle do Estado Islâmico, que conquistou Mosul no verão passado e lançou um ultimato aos cristãos: paguem impostos, convertam-se ao Islã, ou morram pela espada. A maioria deixou o país.

Brett, que como outros voluntários estrangeiros não revelou seu sobrenome preocupado com a segurança de sua família, é o único que efetivamente participa do combate até agora.

Outros, que chegaram apenas na semana passada, foram recusados na linha de frente na sexta-feira pelo serviço de segurança do Curdistão, que disse que eles precisavam de autorização oficial. (Por Isabel Coles)

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