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Oceanos tiveram ano mais quente da história em 2023, aponta relatório da Unesco

Estudo aponta que aquecimento já supera 2ºC em relação aos níveis pré-industriais em partes do Mediterrâneo e do Atlântico

VIsta aérea de Tuvalu, no Oceano Pacífico (Getty Images/Getty Images)

VIsta aérea de Tuvalu, no Oceano Pacífico (Getty Images/Getty Images)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 3 de junho de 2024 às 09h00.

A temperatura dos oceanos atingiu o maior valor já registrado na história no ano de 2023, aponta o estudo State of The Ocean, que será divulgado pela Unesco nesta segunda, 3.

O relatório aponta que os oceanos já estão com temperatura 1,45ºC mais alta do que nos níveis pré-industriais. Há, no entanto, pontos que já ultrapassaram os 2ºC no Mediterrâneo e na parte tropical do Oceano Atlântico.

No Acordo de Paris, firmado em 2015, os países signatários se comprometeram a manter o aquecimento global abaixo de 2ºC, na comparação com a era pré-industrial.

O documento mostra ainda que, nos últimos anos, a taxa de aquecimento dobrou. "Enquanto as temperaturas da atmosfera flutuam, o oceano está está aquecendo de forma constante, como uma panela de água no forno", diz o relatório.

O aquecimento dos oceanos também faz com que o nível do mar suba: a água mais quente se expande mais e ainda colabora para o derretimento das camadas polares. O nível do mar subiu mais de 9 cm nos úlitmos 30 anos.

O relatório aponta ainda que há entre 1,1 e 4,9 milhões de toneladas de plástico no oceano. No Atlântico e no Índico, a principal origem desse plástico são redes e outros materiais de pesca descartados. No resto do mundo, ele lixo vem dos utensílios e embalagens de uso único.

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