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Oceanógrafa vai ao Congresso para falar de preservação

Sylvia Earle informou a Sarney e à presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Rose de Freitas (PMDB-ES), que o Brasil protege menos de 2% do seu mar

Sylvia acredita que é necessário que os governantes mudem de atitude quando o assunto é a preservação dos mares (©AFP/Getty Images/Arquivo / Brendan Hoffman)

Sylvia acredita que é necessário que os governantes mudem de atitude quando o assunto é a preservação dos mares (©AFP/Getty Images/Arquivo / Brendan Hoffman)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 14h32.

Brasília – O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reuniu-se hoje (26) com a oceanógrafa e estudiosa de desenvolvimentos tecnológicos para a proteção marítima, Sylvia Earle, que participou ontem, em Manaus, do 3º Fórum Mundial de Sustentabilidade.

Eles conversaram sobre a necessidade do Parlamento brasileiro dedicar-se ao debate e à elaboração de normas de proteção de seu território marítimo. Sylvia Earle informou a Sarney e à presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Rose de Freitas (PMDB-ES), que o Brasil protege menos de 2% do seu mar, enquanto países como o Reino Unido e os Estados Unidos já têm leis que estabelecem a proteção de 1 milhão de quilômetros quadrados de seus territórios marítimos como áreas de preservação ambiental.

A oceanógrafa disse ainda que, atualmente, existe mais conhecimento sobre a situação do meio ambiente e a necessidade de desenvolvimento de tecnologias sustentáveis do que em 1992 quando foi realizada, no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Para Sylvia Earle, esse tema é um ponto necessário na pauta de debates das autoridades que participarão, em junho, da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

Sylvia acredita que é necessário que os governantes mudem de atitude quando o assunto é a preservação dos mares. A oceanógrafa ressaltou que estudos demonstram que há uma redução substancial de espécies marítimas e corais em todo mundo. Sylvia Earle, que além de mergulhadora e exploradora do mar, é doutora pela Universidade de Duke, que fica no estado norte-americano da Carolina do Norte, destacou que a exploração do mar tem que deixar de ser vista apenas sob o ângulo do lucro comercial.

Sarney concordou com a oceanógrafa e disse que o Brasil, em especial os políticos e autoridades, devem estar sensibilizados para esse tema especialmente por causa das dimensões do território marítimo brasileiro. Do encontro, também participaram o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, Sarney Filho (PV-MA), e representantes de entidades ambientalistas.

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