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OCDE prevê estagnação brusca da zona do euro em 2012

A organização não descartou recessão econômica no bloco europeu

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro não vai crescer mais do que 0,3% em 2012, após ter fechado este ano com alta de 1,6% (Ian Waldie/Getty Images)

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro não vai crescer mais do que 0,3% em 2012, após ter fechado este ano com alta de 1,6% (Ian Waldie/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 08h27.

Paris - A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê para 2012 estagnação na zona do euro e arrefecimento dos grandes países do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes), embora não descarte forte recessão.

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro não vai crescer mais do que 0,3% em 2012, após ter fechado este ano com alta de 1,6%. Às vésperas da cúpula do G20 em Cannes, nos dias 3 e 4 de novembro, a estimativa da OCDE é de recuperação de 1,5% em 2013. Sem detalhar estimativas por países na zona do euro, a OCDE previu possíveis quedas de atividade.

O arrefecimento deverá ser generalizado no G20, nos Estados Unidos o crescimento será de 1,7% neste ano, 1,8% no ano que vem e de 2,5% em 2013.

Nos países emergentes do grupo o encolhimento também será sentido, mas com magnitudes nada comparáveis: o aumento do PIB de 7,2% em 2011 será de 6,7% em 2012 e de 7,4% em 2013.

A China, principal país emergente, a alta de 9,3% estimada para este ano será de 8,6% em 2012 e de 9,5% em 2013.

Japão segue uma evolução em parte desligada do restante do mundo por causa do impacto direto do tsunami e da catástrofe nuclear do início do ano, que vai acarretar ao país queda da atividade de 0,4% em 2011, antes do aumento de 2,1% em 2012 e de alinhar-se em 2013 ao ritmo da zona do euro, de 1,5%.


Além deste cenário, a OCDE advertiu que o grau de incerteza cresceu 'de forma dramática' nos últimos meses, por isso não se deve descartar estatísticas melhores se as medidas da cúpula da zona do euro de 26 de outubro forem aplicadas rapidamente e com força, já que 'caminham na direção certa para restabelecer a confiança'.

Paralelamente, se isso não ocorrer e, principalmente, se houver contágio da crise da dívida soberana para outros países da moeda única europeia ou a tensão pela política fiscal nos Estados Unidos se agravar, a situação pode piorar.

Concretamente, uma deterioração das condições monetárias de uma magnitude equivalente a da crise global de 2007-2009 poderia provocar afundamento do PIB de algumas das grandes economias da OCDE de até 5% no primeiro trimestre de 2013.

Diante dessa ameaça, o conhecido como o 'clube dos países desenvolvidos' insistiu na importância de esclarecer e aplicar integralmente a resolução dos acordos da cúpula da zona do euro da semana passada.

Pronunciou-se ainda pelo corte das taxas de juros na zona do euro e com relação aos bancos centrais dos países avançados, para que sigam garantindo a liquidez para anular as tensões nos mercados financeiros.

De acordo com a OCDE, restabelecer a confiança exige ajustes fortes, críveis e com planejamento de médio prazo, mas especialmente que os países ricos com condições apresentem ações de estímulo econômico.

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