De acordo com Observatório Sírio de Direitos Humanos, mais de 12 mil já morreram desde o início da revolta (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2012 às 16h20.
O chefe dos observadores da ONU na Síria, o general Robert Mood, condenou neste sábado a "tragédia brutal" em Hula, que deixou, segundo seus colaboradores locais, um saldo de 92 mortos, entre eles 32 crianças menores de 10 anos.
Mood "condena nos termos mais enérgicos a tragédia brutal", e acrescentou que "os observadores confirmaram o uso de artilharia a partir de carros blindados".
O general norueguês também advertiu que "aqueles que utilizam a violência para seus próprios objetivos gerarão um aumento da instabilidade e podem levar o país a uma guerra civil".
Os observadores da ONU, mobilizados na Síria para controlar o cessar-fogo em vigor teoricamente desde 12 de abril, mas que na prática foi ignorado, se dirigiram na manhã deste sábado a Hula, situada 25 km a noroeste de Homs.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), mais de 12.600 pessoas morreram na Síria desde o início da revolta, há 14 meses, contra o regime do presidente Bashar al-Assad, a maioria delas civis vítimas dos disparos das forças governamentais.