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Observadores árabes iniciam supervisão de referendo no Egito

Equipe da Liga Árabe viajou para várias províncias do Egito para começar o trabalho de supervisão do referendo constitucional

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 08h27.

Cairo - Uma equipe da Liga Árabe, formado por 75 observadores, viajou nesta segunda-feira para várias províncias do Egito para começar o trabalho de supervisão do referendo constitucional que acontecerá nos próximos dias 14 e 15.

O envio dos analistas árabes abrangerá o acompanhamento de 75% dos eleitores, o que, disse a chefe da missão, Haifa Abu Gazale, em comunicado, é "uma proporção grande e muito representativa".

O responsável pela equipe da organização pan-árabe agradeceu a proteção oferecida pelas autoridades egípcias aos observadores, "o que renova as esperanças de um processo tranquilo".

Existem temores por atos violentos durante o referendo, já que a Irmandade Muçulmana e outros grupos afins pediram o boicote ao plebiscito e convocaram uma semana de protestos.

Abu Gazale se reuniu nos últimos dias com os vice-ministros egípcios das Relações Exteriores e de Interior, e hoje com Nabil Saliba, presidente da Comissão Suprema Eleitoral, que deu toda a informação necessária.

"A Liga Árabe participa do acompanhamento do referendo porque é um dos papéis centrais da organização", disse Abu Gazale, que elogiou o papel dos observadores árabes que participaram de missões em 50 países do mundo.

A chefe da missão oferecerá várias rodadas de imprensa ao longo dos próximos dois dias de referendo até o fechamento dos colégios eleitorais, e outra após a divulgação dos resultados do plebiscito.

"Esta é a primeira etapa do caminho democrático, que no futuro dará passagem para as eleições presidenciais e parlamentares", concluiu Abu Gazale.

Logo depois da cassação pelos militares do presidente Mohammed Mursi em 3 de julho, o exército estabeleceu uma roteiro que inclui um referendo sobre a reforma constitucional e eleições legislativas e presidenciais.

A nova etapa de transição foi marcada pela pressão nas ruas da Irmandade Muçulmana, contrários ao golpe e declarados organização terrorista pelo atual governo interino, e as autoridades têm realizado prisões de vários islamitas.

O plebiscito contará com supervisão judicial em todos os colégios eleitorais e com o acompanhamento de seis mil observadores locais e estrangeiros.

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