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Obama vê Chile como modelo de democracia na América Latina

O presidente americano considerou que o Chile é um modelo de democracia na América Latina, região onde ainda há pontos de conflito

A presidente chilena, Michelle Bachelet, e o presidente americano Barack Obama (Kevin Lamarque/Reuters)

A presidente chilena, Michelle Bachelet, e o presidente americano Barack Obama (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 14h22.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou nesta segunda-feira durante sua reunião com a presidente chilena, Michelle Bachelet, na Casa Branca, que o Chile é um modelo de democracia na América Latina, uma região onde ainda há pontos de conflito.

"O Chile é um modelo de democracia na América Latina. Foi capaz de fazer transições constantes de governos de centro-esquerda a governos de centro-direita, mas sempre de forma consistente com as tradições democráticas", disse o americano no começo da reunião com Bachelet no Salão Oval.

"Obviamente, essas tradições custaram trabalho e a presidente Bachelet sabe melhor do que ninguém o quão difícil foi conseguir a democracia. O fato de agora o Chile respeitar e lutar pelo processo democrático em todo o espectro político o transforma em um grande modelo para todo o continente", acrescentou ele.

Obama tinha previsto conversar hoje com Bachelet sobre a situação política na América Latina, onde, segundo ele, houve um grande progresso em termos de democratização em parte devido à liderança do Chile.

"Obviamente, ficam pontos de conflito que temos que tentar enfrentar, assim como temas de segurança em áreas como a América Central e o Caribe", afirmou ele.

O governante, que já recebeu Bachelet na Casa Branca durante o primeiro mandato dela, em 2009, elogiou seu trabalho em favor das mulheres nos últimos anos na ONU, e a definiu como sua "segunda Michelle favorita", em referência a sua esposa, a primeira-dama Michelle Obama.

O Chile é um membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU até dezembro de 2015. Obama opinou que desse assento pode servir como líder em muitos assuntos, desde as missões de paz à resolução de conflitos, passando pela mudança climática, e continuar sendo assim é "uma força positiva no mundo".

Obama garantiu que a relação entre EUA e Chile vai "além de qualquer partido político", e se mostrou certo de que seu sucessor na presidência, que chegará à Casa Branca em 2017, terá "a mesma relação excelente".

Por sua vez, Bachelet expressou vontade em aprofundar a "forte e madura relação" que seu país mantém com os americanos, com o qual espera avançar em "áreas como energia, educação, ciência e tecnologia e as relações entre os dois povos".

"Este ano, lembramos dez anos do tratado de livre-comércio entre EUA e Chile; e os americanos são nossos maiores investidores estrangeiros. Queremos continuar nesse caminho. Queremos que nossas relações em todos os âmbitos sejam maiores e mais fortes a cada dia", ressaltou Bachelet.

Nenhum dos dois mencionou as negociações para o Acordo de Associação Transpacífico (TPP), ao que o Chile pertence junto a outros três países e ao que os Estados Unidos quer se incorporar dentro de um grupo de mais oito nações.

Enquanto Obama quer pressa nas negociações para tentar aprovar um pacto antes das eleições legislativas de novembro em seu país, o governo de Bachelet olhou até agora com certa distância o acordo, pondo em dúvida os benefícios para seu país.

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