O presidente norte-americano, Barack Obama: divulgação de "parte dos programas" de espionagem será feita quando Obama retornar de sua viagem à Europa (REUTERS/Joshua Roberts)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2013 às 10h08.
Berlim - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira em Berlim que tornará público parte do programa de espionagem PRISM, utilizado pelo serviço de inteligência americano, com o objetivo de melhorar sua transparência e tranquilizar a população.
Obama fez o anúncio na entrevista coletiva que se seguiu ao seu encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel. O presidente disse ainda que existe um "equilibro adequado" entre segurança nacional e liberdades civis e privacidade.
O presidente se comprometeu a divulgar "parte dos programas" de espionagem, cuja existência foi revelada nas últimas semanas, quando retornar aos EUA após sua viagem à Europa, que o levou primeiro para a Irlanda do Norte para a cúpula do G8 e agora para a Alemanha.
O objetivo da divulgação será "compartilhar" com os cidadãos a informação, para que conheçam o alcance dos dados privados armazenados, os processos de obtenção e seu uso por parte dos serviços de inteligência.
Além disso, Obama explicou que também vai intensificar sua cooperação com a Alemanha para que tanto o Executivo de Angela Merkel como os cidadãos do país europeu saibam "que não se cometeram abusos".
"Damos as boas-vindas a estes debates", assegurou o presidente americano após fazer referência às estratégias que herdou da administração do presidente George W. Bush na chamada "luta contra o terror".
"Temos que encontrar o equilíbrio adequado e ser cautelosos em assuntos de inteligência", ressaltou.
O presidente relevou que dos pelo menos 50 planos terroristas impedidos graças ao PRISM, alguns iriam acontecer na Alemanha.
Obama assinalou além disso que durante sua reunião com a chanceler explicou como os EUA alcançaram o "equilíbrio adequado" entre segurança nacional e respeito às liberdades civis e a privacidade.
Por sua parte, Merkel, que disse recentemente que interpelaria o americano sobre esta questão, afirmou que a chave deste assunto é uma "questão de equilíbrio" entre segurança e privacidade.
A chefe de governo alemão acrescentou que o Ministério do Interior seguirá colaborando com os americanos no setor de segurança.