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Obama critica 'mentalidade de Guerra Fria' da Rússia

Presidente dos EUA também negou que seu governo tenha 'um programa de espionagem doméstica'

Barack Obama conversa com Jay Leno durante gravação do programa "The Tonight Show with Jay Leno" nos estúdios da NBC (Larry Downing/Reuters)

Barack Obama conversa com Jay Leno durante gravação do programa "The Tonight Show with Jay Leno" nos estúdios da NBC (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2013 às 23h58.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta terça-feira estar decepcionado com a Rússia e sua "mentalidade de Guerra Fria" no caso de Edward Snowden, além de ter negado que seu governo tenha "um programa de espionagem doméstica".

"Há momentos nos quais eles (os russos) voltam a cair no pensamento e na mentalidade da Guerra Fria. O que dizemos a eles e ao presidente (Vladimir) Putin é que isso faz parte do passado", afirmou Obama em entrevista ao programa "The Tonight Show", do popular apresentador Jay Leno e que será transmitido nesta noite na emissora "NBC".

Obama também afirmou estar decepcionado com a decisão da Rússia de ter concedido asilo temporário a Snowden, acusado de espionagem por parte do governo americano por ter divulgado os programas secretos de vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA).

No entanto, Obama indicou que os EUA seguem colaborando com a Rússia em diversos assuntos, como a guerra no Afeganistão e a investigação dos atentados do último dia 15 de abril em Boston, supostamente perpetrados pelos irmãos Tsarnaev, de origem chechena, e que causaram três mortes e deixaram mais de 280 feridos.

Além disso, Obama também declarou que prevê assistir a cúpula do G20, que será realizada em setembro na Rússia.

O que a Casa Branca disse estar avaliando é a realização da cúpula bilateral que Obama e Putin têm agendado para antes da cúpula do G20.

Sobre os programas secretos divulgados pelo ex-técnico da CIA, Obama assegurou que os mesmos não são um "componente crucial" da luta antiterrorista dos EUA

"Não temos um programa de espionagem doméstico. O que temos são alguns mecanismos para rastrear um número de telefone ou um endereço de e-mail que esteja conectado a um ataque terrorista. Essa informação é útil", defendeu o presidente americano.

Questionado por Leno sobre como definiria o jovem Snowden, Obama mostrou cautela ao responder: "Não sabemos exatamente o que fez, exceto pelo que disse na internet. É importante não julgá-lo", respondeu o presidente.

Obama revelou que pediu a seu gabinete pensar em uma forma de reduzir o número de funcionários contratados que trabalham nos serviços de inteligência, como era o caso de Snowden.

Essa é a sexta aparição de Obama no programa "The Tonight Show" e a quarta como presidente.

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