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Obama retoma campanha eleitoral em Ohio

Recém chegado de longas férias de fim de ano no Havaí, Obama quis recuperar a atenção do eleitorado que na terça-feira

Em 2008, Obama teve dificuldades para atrair o voto dos brancos com baixa escolaridade que formam grande parte da população de Ohio (Jim Watson/AFP)

Em 2008, Obama teve dificuldades para atrair o voto dos brancos com baixa escolaridade que formam grande parte da população de Ohio (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 07h18.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elegeu nesta quarta-feira o estado de Ohio para seu primeiro ato de campanha de 2012, enquanto sua equipe se esforça para destacar as fraquezas do republicano Mitt Romney, vencedor das primárias em Iowa.

Recém chegado de longas férias de fim de ano no Havaí, Obama quis recuperar a atenção do eleitorado que na terça-feira se concentrou nos caucus (assembléias populares) de Iowa, com uma rápida viagem à qual tentou aprofundar com seu discurso a favor da classe média.

'Uma das minhas resoluções de Ano Novo é sair mais de Washington e passar mais tempo com vocês', disse o presidente a um grupo de simpatizantes no Instituto Shaker Heights, em Cleveland, o mesmo que escolheu há dois anos para falar sobre a reforma sanitária.

Desde que anunciou em abril que tentaria a reeleição, Obama visitou quatro vezes Ohio, considerado um espelho do ânimo político do país, já que desde 1960 nenhum candidato presidencial ganhou as eleições gerais sem ter vencido também nesse estado.

Em 2008, Obama teve dificuldades para atrair o voto dos brancos com baixa escolaridade que formam grande parte da população de Ohio, mas acabou conseguindo 52% dos sufrágios na eleição geral.

No entanto, seus apoios no estado minguaram desde então, e a maioria das pesquisam o mostram em um empate estatístico com possíveis candidatos republicanos como o ex-governador de Masachusetts, Mitt Romney, ou o ex-congressista Newt Gingrich.


Em sua viagem de hoje, o presidente visitou a casa de um casal de idosos que carregam há dez anos uma dívida de dezenas de milhares de dólares, a quem assegurou que 'não deveriam se preocupar por serem enganados por alguém que procura fazer dinheiro fácil'.

Esse exemplo serviu para anunciar a nomeação, em pleno recesso do Senado, de Richard Cordray como diretor do Escritório de Proteção Financeira do Consumidor (CFPB, na sigla em inglês), criado em 2010 para lutar contra os abusos que causaram a crise econômica.

Os republicanos, que bloquearam a nomeação de Cordray durante seis meses devido à sua oposição à agência, criticaram duramente sua decisão de evitar o processo legislativo, mas o presidente reiterou que não aceitará 'não' como resposta neste assunto.

'Quando o Congresso se nega a atuar e como resultado fere nossa economia e põe pessoas em perigo, tenho uma obrigação como presidente de fazer o que deve ser feito sem eles, para atuar em nome do povo americano', considerou.

Obama recorria assim ao que, segundo sua campanha, será um dos eixos de sua luta pela reeleição: os ataques a um Congresso que tem maioria republicana na Câmara baixa e a seus 'jogos políticos', aos quais atribui o fracasso de muitas de suas iniciativas.

Enquanto isso, sua equipe de campanha preparava uma reação à vitória em Iowa daquele que desponta como seu rival mais provável nas eleições gerais de novembro, Mitt Romney, que se impôs nos caucus por apenas 8 votos de vantagem.

Em uma conferência telefônica com jornalistas, dois assessores da campanha eleitoral de Obama descreveram Romney como um candidato 'fraco' que, para congraçar-se com a base conservadora de seu partido muda de postura segundo lhe convém.

O sentimento parece ser mútuo para Romney, que, apesar da apertada vitória de terça-feira sobre o ex-senador Rick Santorum, ressaltou que seguirá concentrando os esforços de sua campanha em enfrentar Obama, e não seus adversários na corrida republicana.

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